segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Turismo e Megaeventos no Brasil - encontro de trabalho

Postado por Alexandre Panosso Netto

Estão no Brasil, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), os pesquisadores Manuel Alector Ribeiro, da Universidade do Algarve (Portugal) e Dogan Gursoy, da Washington State University (Estados Unidos) para trabalharem na análise dos dados de nossa pesquisa financiada pelo CNPq intitulada "Tourism and Mega-Events in Brazil: Host Community Support, Identity, Emotion and Trust In Organizing Committees".
Esquerda para direita: Dogan Gursoy, Manuel Alector Ribeiro e Alexandre Panosso Netto, na EACH-USP.
Estamos analisando os dados coletados na primeira onda de entrevistas que foi realizada com 3.770 pessoas nas 12 sedes dos jogos da Copa do Mundo entre 5 e 12 de maio de 2014. O principal objetivo da pesquisa é analisar o apoio da comunidade local a partir do ponto de vista de diferentes categorias, tais como identidade, emoção e confiança nos comitês organizadores do evento. A segunda onda de entrevistas está programada para novembro e será feita pelo Instituto Datafolha, que foi o responsável também pela primeira coleta dos dados.

Megaeventos e turismo
O tema dos megaeventos e sua relação com o turismo tem aparecido com mais força na academia desde as Olimpíadas de Barcelona em 1992, considerada um divisor de águas por seu exemplo positivo.

Nesta direção, Dogan Gursoy, natural da Turquia e radicado nos EUA, é um dos principais investigadores internacionais do tema, tendo publicado inúmeros artigos na duas principais revistas científicas internacionais de turismo, a Annals of Tourism Research e a Tourism Management (veja seus artigos aqui: http://scholar.google.com/citations?user=p9ndUsYAAAAJ&hl=en).
Os modelos de análise dos dados estão sendo construídos com a utilização do software SPSS e os testes estatísticos iniciais comprovaram que o banco de dados que temos é confiável, o que nos permitirá apresentar alguns modelos de análises, sendo, inclusive, um deles inédito até o momento.
Grupo reunido na sala dos grupos de pesquisa em Lazer e Turismo da EACH.
Um resumo do que estamos fazendo será apresentado por Manuel Alector no dia 1 de outubro, às 14 horas, no evento "Conferência Internacional: Investigação e Educação em Turismo", que realizaremos na EACH-USP (Rua Arlindo Béttio, 1000, Bairro Ermelino Matarazzo, São Paulo-SP) como atividade do Mestrado em Turismo (veja informações adicionais no site do programa: http://prpg.usp.br/turismo/noticias/mostrar/5140).
Alguns dados simples já foram publicados antes mesmo da Copa do Mundo, e podem ser conferidos no site da Agência USP de Notícias. (http://www.usp.br/agen/?p=177797).

Apoio e financiamento
O financiamento para a pesquisa veio do projeto número 487780-2013-2, aprovado na Chamada ME/CNPq 91/2013, do Ministério do Esporte, gerenciado pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq). O apoio para sua realização é dado pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

10 maneiras de irritar (muito) seu orientador

Postado por Alexandre Panosso Netto

Correm por aí umas postagens sobre como manter a boa relação com seu orientador acadêmico, seja de Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação (TCC), seja de Mestrado (dissertação), seja de Doutorado (tese).

Resolvi escrever, sob o meu ponto de vista, 10 maneiras de irritar (muito) seu orientador. Este é um post lúdico, se isso aconteceu alguma vez com algum aluno ou orientador, eu juro que não sei.
Segue minha lista:

1. Mande uma parte do trabalho para seu orientador por e-mail. Depois de 5 minutos envie uma mensagens pelo Facebook dizendo que mandou um e-mail; em seguida mande uma mensagem por celular (se é que você é uma pessoa abençoada e tem o número do celular do seu orientador). Para garantir, ligue em seguida relatando o que fez.

2. Encontre com o orientador na cantina da universidade bem no momento em que degustava seu café entre uma aula e outra. Explique - detalhadamente e com cara chorosa -  que você teve problemas para cumprir os créditos obrigatórios, pois reprovou por faltas ou por nota em uma matéria. Em seguida, peça para ele interceder junto ao outro professor para que ele ‘abone’ uma ou outra falta ou ‘reconsidere’ a nota dada.

3. Diga que não teve tempo de consultar todo o material bibliográfico indicado pois a biblioteca estava fechada por greve; choveu muito no dia que você iria para a universidade e o trânsito ficou horrível; ou que você simplesmente não conseguiu encontrar todas as referências indicadas (mesmo sabendo que elas estão todas acessíveis na biblioteca).

4. Mande um e-mail se desculpando por ainda não ter enviado o capítulo do trabalho que foi solicitado. Jure que em 5 dias vai enviar. Passados 5 dias, envie outro e-mail dizendo que tudo estava feito, mas no dia que ia enviar o computador deu pau.

5. Não vá na aula da disciplina de seu orientador. Diga que faltou porque alguém ficou doente, você estava fazendo trabalho de campo ou teve que fazer hora extra no serviço. Invente uma desculpa inteligente e faça de conta que acredita que ele também está acreditando.

6. Você enviou o rascunho do texto e teve a sorte do seu orientador ler e fazer as primeiras observações e correções. Aceite algumas, mas as mais complicadas faça de conta que não viu ou que não concorda e que gostaria de discutir pessoalmente com ele aquele tema e explicar seu ponto de vista, afinal a academia permite a livre discussão de idéias.

7. Falte na bendita e única reunião que seu orientador marcou contigo. Mande uma mensagem em cima da hora dizendo que teve um 'imprevisto de ordem pessoal' e que não vai poder ir; para ficar melhor, aproveite a mesma mensagem e indique que só poderá se reunir com ele na semana seguinte.

8. Mostre-se inseguro em relação ao tema de pesquisa escolhido. Num dia tenha total segurança, no outro diga que mudou de opinião e não tem tanta certeza. Volte a ter certeza logo em seguida, porém, da dúvida, mude de tema a ser investigado sem ele tomar conhecimento.

9. Converse com outro professor e diga que tem vontade de mudar de orientador, porém ainda não comunicou a ele. Diga que não está satisfeito por qualquer razão. Reze para que o professor contactado não conte nada para ninguém, muito menos para seu orientador.

10. No momento da defesa pública da pesquisa, ao ser indagado pela banca sobre um problema do trabalho, diga, em alto e bom tom, na frente de todos, que foi seu orientador que mandou fazer daquele jeito, e que você fez, mesmo sabendo que poderia estar errado. Volte a rezar para ser aprovado. É difícil, mas a fé ajuda.