Postado por Alexandre Panosso Netto
Algumas vezes escutamos que a primeira frase de um livro é a que segura o leitor até a última.
Pensando nisso, e impactado pela primeira frase de Memórias de minhas putas tristes, de Gabriel García Márquez, que acabei de ler - "No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem"- resolvi buscar as primeiras frases de alguns livros que tenho aqui em minha estante.
Segue a pequena lista de jóias literárias.
"Este livro destina-se aos homens mais raros." - Nietzsche - "O anticristo".
"Comum no sangue, querida irmã, caríssima Ismene, sabes de algum mal, dos que nos vêm de Édipo, que Zeus não queira consumar em nossas vidas?" - Sófocles - "Antígona".
"Tarde implacável, estrada mais implacável ainda, desbotada sob um sol de tempestade, os veículos pesados fazem turbilhões de pó de arroz valsar; trata-se do reino sinistro do esbranquiçado." Jean-Paul Sartre - "A rainha albemarle ou o último turista".
"Um cientista, seja teórico ou experimental, formula enunciados ou sistemas de enunciados e verifica-os um a um." - Karl Popper - "A lógica da pesquisa científica".
"Aqui embaixo na terra escura
antes de irmos todos para o céu
Visões da América
Todas essas caronas
Todos esses regressos
à América
Via fronteiras mexicanas & canadenses..." Jack Kerouac - "Viajante solitário".
"Toda arte e toda investigação, bem como toda ação e toda escolha, visam a um bem qualquer; e por isso foi dito, não sem razão, que o bem é aquilo a que as coisas tendem." - Aristóteles - "Ética a Nicômaco".
"Somos um planeta vivo, Sofia." - Jostein Gaarder - "O mundo de Sofia".
"Embora nosso tempo se arrogue o progresso de afirmar novamente a 'metafísica', a questão aqui evocada caiu no esquecimento." - Martin Heidegger - "Ser e tempo" (volume 1).
"Hoje mamãe morreu." - Albert Camus - "O estrangeiro" (para mim essa a frase de maior impacto de todas; aliás, o protagonista é condenado porque não chorou no velório da mãe...).
"Até ali os tambores da Casa-Grande das Minas tinham seguido seus passos, e ele via ainda os três tamboreiros, no canto esquerdo da varanda, rufando forte os seus instrumentos rituais, com o acompanhamento dos ogãs e das cabaças, enquanto a nochê Andreza Maria deixava cair o xale para os antebraços, recebendo Toi-Zamadone, o dono do lugar." Josué Montello - "Os tambores de São Luis".
Algumas vezes escutamos que a primeira frase de um livro é a que segura o leitor até a última.
Pensando nisso, e impactado pela primeira frase de Memórias de minhas putas tristes, de Gabriel García Márquez, que acabei de ler - "No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem"- resolvi buscar as primeiras frases de alguns livros que tenho aqui em minha estante.
Segue a pequena lista de jóias literárias.
"Este livro destina-se aos homens mais raros." - Nietzsche - "O anticristo".
"Comum no sangue, querida irmã, caríssima Ismene, sabes de algum mal, dos que nos vêm de Édipo, que Zeus não queira consumar em nossas vidas?" - Sófocles - "Antígona".
"Tarde implacável, estrada mais implacável ainda, desbotada sob um sol de tempestade, os veículos pesados fazem turbilhões de pó de arroz valsar; trata-se do reino sinistro do esbranquiçado." Jean-Paul Sartre - "A rainha albemarle ou o último turista".
"Um cientista, seja teórico ou experimental, formula enunciados ou sistemas de enunciados e verifica-os um a um." - Karl Popper - "A lógica da pesquisa científica".
"Aqui embaixo na terra escura
antes de irmos todos para o céu
Visões da América
Todas essas caronas
Todos esses regressos
à América
Via fronteiras mexicanas & canadenses..." Jack Kerouac - "Viajante solitário".
"Toda arte e toda investigação, bem como toda ação e toda escolha, visam a um bem qualquer; e por isso foi dito, não sem razão, que o bem é aquilo a que as coisas tendem." - Aristóteles - "Ética a Nicômaco".
"Somos um planeta vivo, Sofia." - Jostein Gaarder - "O mundo de Sofia".
"Embora nosso tempo se arrogue o progresso de afirmar novamente a 'metafísica', a questão aqui evocada caiu no esquecimento." - Martin Heidegger - "Ser e tempo" (volume 1).
"Hoje mamãe morreu." - Albert Camus - "O estrangeiro" (para mim essa a frase de maior impacto de todas; aliás, o protagonista é condenado porque não chorou no velório da mãe...).
"Até ali os tambores da Casa-Grande das Minas tinham seguido seus passos, e ele via ainda os três tamboreiros, no canto esquerdo da varanda, rufando forte os seus instrumentos rituais, com o acompanhamento dos ogãs e das cabaças, enquanto a nochê Andreza Maria deixava cair o xale para os antebraços, recebendo Toi-Zamadone, o dono do lugar." Josué Montello - "Os tambores de São Luis".