quinta-feira, 29 de julho de 2010

ANPTUR discutirá ética no turismo

Postado por Alexandre Panosso Netto
ANPTUR - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo

Este ano a ANPTUR (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo - www.anptur.org.br) discutirá o tema Ética: Produção e Difusão da Pesquisa em Turismo em seu congresso anual e o debate já está "pegando fogo" (no bom sentido) na lista virtual de discussão.
Vários são os pontos de vista sobre esse árduo tema, mas todos concordam que uma discussão aberta, franca, direta e esclarecedora deve ser feita, pois temos visto "muita barbaridade" acadêmica por aí.

Nesse sentido, o pessoal da lista propôs o debate "Ética na pesquisa e o papel da ANPTUR" que será realizado no dia 21 de setembro, das 11:00 às 12:30, na Universidade Anhembi Morumbi (Casa do Ator), que é a sede do VII Seminário ANPTUR.
A programação abaixo foi proposta pelos professores e pesquisadores Sandro Campos Neves, Ana Paula Spolon, Heros Lobo e Karla Godoy e já está circulando nas listas de emails.
Aos interessados: ainda dá tempo de se inscrever para o VII Seminário ANPTUR.
Vejo vocês por lá?


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Proposta do debate Ética na pesquisa e o papel da ANPTUR
Exposição (30 minutos)
A idéia da exposição é resumir tudo aquilo que já foi e ainda será debatido pela lista a partir da divisão temática que segue abaixo. Pretendemos ilustrá-la com casos e exemplos.

Tema 1 – Produção da pesquisa científica em turismo e a questão ética
Pesquisa com seres humanos e protocolos éticos
Impactos da pesquisa científica na vida dos grupos e sociedades analisados

Tema 2- Difusão da pesquisa científica em turismo e a questão ética
O consentimento esclarecido
A divulgação do conhecimento e os impactos na sociedade

Tema 3 – Carreira Acadêmica e ética
Currículo Lattes e órgãos de avaliação e fomento à carreira docente, Fundações Estaduais, CNPQ e CAPES
Plágio e Pesquisa
Pesquisa em Pós-Graduação e Iniciação Científica

Tema 4 - Redes de Pesquisa
Ética nas dinâmicas de pesquisa em grupo

Debate sobre os temas e Elaboração de propostas aos sócios e à direção da ANPTUR (1 hora)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

I Encontro de Turismo Indígena das Américas

Postado por Alexandre Panosso


Recebi a mensagem de um amigo que me pede para divulgar. Creio que é uma ótima oportunidade e a programação parece interessante.


"Tenemos el agrado de anunciarles la realización de ‘1er Encuentro de Turismo Indígena de las Américas’ que se realizará del 10 al 13 de noviembre próximo en San Martín de los Andes, en la Patagonia Argentina.

Por ese medio los invitamos a presentar: 
1.    Proyecto exitoso.  Que muestre resultados verificables; que la población objetivo sea de origen étnico. Los proyectos seleccionados por el jurado tendrán derecho a exponerse en el encuentro; serán publicados en las memorias del mismo y el expositor (1 por proyecto) tendrá cubiertos los costos de pasajes desde su lugar de origen hasta San Martín de los Andes y la estadía por parte de la organización del Encuentro. Plazo máximo para presentar los proyecto 20 de agosto.
2.    Ponencia sobre turismo indígena a ser expuesta en el encuentro. Las ponencias seleccionados por el jurado tendrán derecho a exponerse en el encuentro y serán publicadas en las memorias del mismo. Los costos de traslado y estadía del expositor correrán por su propia cuenta. Plazo máximo para presentar las ponencias 15 de agosto
En http://encuentroturismoindigena.com/ encontrará toda la información
Son responsables de la organización y agradecer la difusión que se brinde a la presente gacetilla:
Municipio de San Martín de los Andes (Argentina), Facultad de Agronomía UBA, Universidad de Cuenca (Ecuador) - Tierra y Turismo (México)."

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Teoria do Turismo" em formato digital para deficientes visuais

Postado por Alexandre Panosso Netto


Neste mês de julho tivemos uma notícia agradável.

Nosso livro (do Guilherme Lohmann e meu) "Teoria do Turismo: conceitos, modelos e sistemas" (São Paulo: Editora Aleph, 2008) foi digitalizado no formato Dayse (Digital Accessible Information System), específico para uso de deficientes visuais pela Fundação Dorina Nowill para cegos (http://www.fundacaodorina.org.br).

O livro foi digitalizado a pedido  dos autores, da editora Aleph  e de Rodrigo Baldo, deficiente visual, estudante do curso de Lazer e Turismo da EACH/USP. Desde o ano passado Rodrigo esperava o material, que lhe foi enviado no início de julho.
O aluno recebeu um CD com o livro escaneado em formato especial (grande) e um outro arquivo de áudio com a leitura completa da obra.

Até onde temos conhecimento trata-se do primeiro livro de turismo publicado no Brasil nesse formato específico para deficientes visuais (se há outros, por favor, nos indiquem).

IMPORTANTE:
O livro pode ser solicitado gratuitamente no site do LIDA (Livro Digital) (www.lida.org.br) mas somente terão acesso a ele deficientes visuais.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Santarém - férias que se foram...



Postado por Alexandre Panosso e Tatiana Panosso

Foi bom demais enquanto durou!
Nossa viagem de férias já terminou e voltamos renovados. Estar com os amigos, com a família, viajar, não acessar a internet... nossa! como tudo isso é bom!
Em nosso périplo pelo Pará chegamos e partimos de Santarém - a pérola do Tapajós.
Lugar do cais onde ficam os barcos menores.

Cidade interessante. Importante porto de chegada e saída de pessoas. Na confluência de dois grandes rios: Amazonas e Tapajós.
Bem ao fundo está o porto de grão da Cargill, motivo de disputas judiciais e ambientais.

Aspecto geral do mercado municipal.

Não passamos muito tempo na cidade. Somente umas poucas horas em dias alternados. Num sábado de manhã visitamos o mercado municipal onde há uma grande oferta de peixes, drogas do sertão, raizadas, garrafadas, frutas e comidas, etc e tal pois tem um monte de coisas que não sabemos para que servem; se são de comer ou não...
Castanha, do Pará, lógico.

Tem raizada e garrafada até para dor do dedo minidinho do pé direito...

...feitas de todos os tipos de produtos. Até de banha de tartaruga e de jacaré...



...e algumas que curam qualquer doença, como a de banha de capivara, a de peixe boi e a de boto. Agora, se nada disso resolver, é só usar a de cobra cascavel. Vixe!!!

Chamou a atenção esse carro cheio de peixes bem no sol da manhã. Isso não estraga não?
Peixes passeando pela cidade num sábado de manhã.

Peixe assado. Qualquer um desses por 5 reais.


Além de possuir um importante cais, Santarém tem o principal aeroporto entre Manaus e Belém. Aeroporto pequeno, mas que serve totalmente a demanda da região.

Além da pista do aeroporto está o rio Tapajós. Uma bela paisagem.

Preparando para decolar....

...e voltando para a "realidade".

Que as próximas férias não demorem 12 meses para chegar.
E fim de papo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Alter do Chão-PA


Postado por Alexandre Panosso e Tatiana Panosso


O fato é que algumas pessoas nos escreveram e-mails comentando as postagens de nossas férias... por isso aqui vai mais uma.
Fomos visitar Alter do Chão. Pertinho de Belterra (uns 20 km).
Vila de Alter do Chão vista do rio Tapajós - na cheia.

Ao fundo a Alter do Chão; à extrema esquerda início do Lago do Amor. Foto feita na seca, de uma distância de 4 km, exatamente do morro que se vê na foto abaixo.
Foto feita há três anos na seca.

Há dez anos atrás quando você digitava nos buscadores de internet o termo "Alter do Chão" o destino que aparecia era uma vila portuguesa no Alentejo. Hoje não mais. A primeira informação que retorna é a da vila próxima à Santarém-PA.
Igreja na praça principal da vila.
Uma vista mais ampla da praça central.

Outra vista da praça.

A praia já começa a aparecer e os turistas lá estão.

Aliás, inúmeros localidades foram batizadas pelos portugueses com nomes da terrinha: Santarém, Óbidos, Aveiro, Viseu, Alenquer, etc...

A primeira vez que um de nós (Alexandre) visitou o lugar em 2002 estava se formando uma infra-estrutura turística e nenhuma operadora no Brasil vendia o destino. Hoje é possível encontrar um pacote oferecido pela maior operadora de turismo nacional.
Turistas na época da seca.
Neste julho estava tudo alagado, conforme foto abaixo.
Cheia.

O lugar é originalmente uma vila de pescadores de mais de 270 anos. O rio Tapajós (sempre ele) passa em frente e forma uma baia ou lago que é chamado de "lago do amor". De fato, é lindo.
Outra vista.

Lago do Amor.

"Ferve" na época da seca, pois o rio baixa e deixa à mostra praias de areia branquinha. Ali se instalam restaurantes de comida típica, principalmente à base de peixe e de frango. O filé de pirarucu é a estrela do lugar.

Margens do lago do Amor. Consegue ver a casa em meio à mata?

Desta vez o rio ainda estava alto então decidimos fazer uma passeio de barco pelo lago. Algo como 40 minutos. As margens já estão quase todas ocupadas por pousadas e segundas residências de moradores de Belém, Manaus, Santarém e Belterra. São casas lindas, bem ao estilo local.

Outras segundas residências às margens do lago.

Companheiros de passeio: tio Adelino, Kawan e Alexandre.

Aí os colegas de férias e passeios: Vilmar, Kawan e Valdir. Ao fundo o guia e seu Claudino (de boné).

O passeio foi o mais legal deste dia; mais legal até do que o sorvete de cupuaçu que adoramos. Ah, detalhe: a Tatiana não fez o passei de barco.
Após um dia desses dava para não ficar alegre?

Ps.: Já voltamos de viagem. Foi uma das férias mais divertidas que tivemos.

domingo, 18 de julho de 2010

Coisas da natureza

Postado por Tatiana Panosso e Alexandre Panosso


Em férias fomos convidados a conhecer uma floresta nativa localizada cerca de 6 quilômetros do centro de Belterra-PA.
Obviamente já conhecíamos áreas com essas características, mas uma surpresa estava encomendada.
No caminho na selva encontramos essa florzinha (acima) e esse casulo feito de barro por uma aranha (abaixo), ambos às margens da trilha...


...e também essa cobra cega inofensiva e perdida.

Abaixo está o carreador - é esse o nome de estradas na mata - por onde andamos uns mil metros.

Primeiro nos apresentaram essa árvore, como sendo enorme, grande, magnífica...

...ficamos encantados, fizemos fotos, etc. e tal....mas bem perto dela, uns 50 metros adiante, estava essa outra que nem tínhamos percebido:

Imponente. É conhecida como a rainha da floresta. Uma das mais altas da mata, inclusive mais alta que a castanheira. Seu nome: Sumaúma.

Os três "mosqueteiros" da mata nem cabem na foto com a gigante: Alexandre, tio Adelino e seu Claudino (de braços abertos).

Todos queriam fotos. Acima os amigos Vilmar, pequeno Kawan e Valdir.

Valdir volta a ser criança e brinca de... "macaco".

Uma das raízes da Sumaúma estava por cima do solo, passava por baixo de um coqueiro e avançava mais de 50 metros na mata. 
Segundo seu Claudino (de verde acima) a Sumaúma tem 40 metros de altura e 2 de diâmetro, portanto, somente seu tronco deve ter uns 80 metros cúbicos de madeira que correspondem ao volume de três carretas carregadas.
Coisa linda de se ver. Coisas da natureza.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pescaria no Pará

Postado por Alexandre Panosso (pois a Tatiana não gosta de pescar)

Sou sincero: não estava nervoso, mas em tempo de férias, o melhor é pescar!

Minhas origens estão na terra, no interior, no campo, por isso o motivo principal da pescaria era conhecer mais um pedacinho do Pará, a vila de pescadores denominada Pini. Simples assim.
Companheiros de pescaria: meu tio Adelino e meu cunhado Rodrigo (falta o Gabriel na foto).

Não sei o que significa Pini. Perguntei a alguns dos quase 100 moradores do lugar e nem eles souberam me dizer a origem do nome. Creio que seja de origem indígena.

Para chegar a Pini rodamos quase duas horas. Um pouco por asfalto e um pouco por estrada de chão.
Nosso veículo foi um legítimo carrão alemão: uma Kombi emprestada.

A vila fica do outro lado da baía formada pelo Tapajós. Pode-se atravessar nadando ou de barco. Obviamente preferimos a última opção.

Fim de tarde

De imediato já partimos para o lançamento dos anzóis de colher para o Tucunaré.
Vista matinal.

Como já estava no fim da tarde, não pegamos nada.  Decidimos ir apreciar o jantar: churrasco, pão e farinha.  Vários amigos da vila participaram do jantar regado a conversas, "causos" pitorescos, curiosidades e muitas piadas.

Adelino, Gabriel (grande amigo) e Rodrigo - companheiros de pescaria.


Vista parcial de Pini.

Acordamos ainda de madrugada, por volta das 4 da manhã. Pegamos o bote e seguimos Tapajós acima. Lançamos, lançamos e nada de Tucuraré. O rio estava muito cheio, nos explicou nosso amigo Coroca morador da vila.
Coroca, nosso anfitrião.

Resolvemos voltar para o café quando fomos avisados que o Periquito, pescador jovem e experiente, havia pescado naquela noite o maior peixe de escamas de água doce do mundo: o Pirarucu. Imediatamente fomos ver os peixes. Foi uma das mais originais experiências no meio da selva.

Eram dois enormes: o maior de uns 80 kg o menor de uns 60 kg. O maior deu 50 kg de carne limpa e o menor 34. Não crê? veja as fotos.
Quando chegamos o maior já havia sido limpo e o trabalho estava concentrado nesse "menorzinho", de 50kg.





Esqueleto que sobrou do maior Pirarucu. Dentro d'água para preservação.

Foi uma das mais interessantes experiências que já tive: testemunhar a limpeza de um peixe desses no meio da Amazônia. Periquito informou que às vezes fica até um mês sem pescar nenhum Pirarucu e que naquela noite havia armado 16 anzóis e pegou dois exemplares. Uma dádiva.

Depois fomos ver 3 Pirarucus jovens, de 10 kg cada um, que são criados num tanque na vila.
"Pirarucus criança" - uns 10 kg cada um...

No mercado popular em Santarém o Pirarucu fresco é vendido por 10 reais o quilo. Em São Paulo por 70 reais (congelado).

Havia também os cágados, que são criados para consumo.
Uma espécie de cágados.

Resultado prático da pescaria: jantar garantido.

Em tempo: na rede pegamos unas 5 dúzias de peixinhos; no anzol somente um bagre - e nada do Tucurnaré aparecer. Ainda bem que tínhamos a desculpa de que o rio estava muito cheio...
... mas vamos falar a verdade:  com tudo isso que aconteceu conosco, quem se importa se não deu peixe?