terça-feira, 29 de março de 2011

Turismo em Natal, Rio Grande do Norte

Postado por Alexandre Panosso Netto

Depois de gastar quase 48 horas em viagem para ir e voltar de Valladolid a Natal, vocês não acharam que eu ia ficar somente no trajeto hotel-universidade-hotel, né.
Natal ao fundo.

Aproveitamos o sábado, após o encerramento do I Seminário de Estudos Críticos em Turismo, para fazer o tour mais famoso da região: o passeio de buggy.
Saímos da cidade rumo às praias pela Ponte de Todos - Newton Navarro (também conhecida como Ponte Forte-Redinha ou Ponte Nova). O rumo era o norte.
Os colegas de passeio foram Marcelino (de branco) e Irena. O bugueiro, que faz parte de uma cooperativa, passou no hotel no parte da manhã, no horário combinado. Imediatamente fizemos o pagamento do passeio e saímos pontualmente às 9 horas. 
No caminho nos vimos em uma carreata de bugues...
...encontramos vendedores de pencas de caranguejos por 8 reais...
...passamos pelo aquário de Natal que estava cheio, de turistas... e em pouco tempo já desfrutávamos de paisagens como esta...

...e esta...

e mais esta...
... estou confuso, não sei qual a mais bonita...
Me chamou a atenção a organização do turismo na região. Muito profissional. Não identificamos problemas, pois há associações e cooperativas que tomam conta de tudo...
... dos bugues...

... dos passeios de "cheirosos", como são chamados os camelos...

... da travessia de balsa...

...dos pontos de paradas dos bugues...

...do skibunda, que eu fiz e que logo à noite havia uma foto minha no hotel descendo a ladeira de areia,  com data, como se fosse um troféu, para eu comprar...
...passeio de asa delta (não sei se há cooperativa ou associação desta modalidade).

Há também muita economia informal. São pessoas criativas, alegres, que entretem os turistas e oferecem-se para fazerem fotos engraçadas, tal como esse fantasiado abaixo...
... (repare na pose dos turistas)... ou deste menino...
... que enfrenta o sol diário mostrando sua iguana de estimação de dois anos. Após umas fotos, os turistas deixam 1, 2, 5, reais a ele que sai contente (apesar de que na foto ele não parece muito contente).
Conversei com uma senhora que também tem uma iguana de estimação e ela me disse que em um dia bom de trabalho, por três horas diárias, chega a ganhar 50 reais. Em um dia ruim, o valor pode ser de 20 ou 30. Ou seja, não é tão ruim assim.
E as belas paisagens continuavam com a cidade de Natal ao fundo...

ou somente areia...
...bugues...

..e turistas, muitos turistas...
...inclusive com congestionamento de bugues...

...na praia...

...e nos povoados (acima turistas "estressadíssimos" abandonam seus bugues para o "sacrifício" de fazer parte do trajeto a pé)...

...e a economia informal funcionando (repare o vendedor de bebidas à esquerda. Ele chega a faturar de 100 a 150 reais por dia, foi o que ele mesmo me disse)...
...até aqui tinha fila (a da foto acima e abaixo essa foi para passar a balsa).

Mas que importava o trânsito com tal visão?

A lição que para nós ficou é que o turismo parece estar bem organizado, sendo esse passeio o maior atrativo de Natal.
Nossa colega Irena Iteljevic, Marcelino e este que escreve, ficamos surpresos com a qualidade do serviço e das atrações. Os preços são honestos e vale a pena. Um buggy, para 4 pessoas, saindo às 9 da manhã e retornando às 4 da tarde no hotel, custa 300 reais, 75,00 por pessoa. Mais a alimentação e outros gastos de água, sucos (não bebemos cerveja...risos), skibunda, ou aerobunda, gasta-se uns 130 reais para um grande dia de diversão.
VALE A PENA E É BARATO.
Se minha opinião vale alguma coisa, eu indico.
Ademais, as belas imagens desta parte de meu Brasil ficarão para sempre em minha mente, coração e retinas!
NATAL: QUERO VOLTAR LOGO!!!

sábado, 26 de março de 2011

I Seminário Internacional de Estudos Críticos em Turismo - Segundo dia

Postado por Alexandre Panosso Netto


Terminou ontem o I Seminário Internacional de Estudos Críticos em Turismo, realizado na UFRN, em Natal.
O primeiro dia já relatei na postagem anterior.
Aqui eu fazendo minha explanação no segundo dia do evento.

O segundo dia iniciou com minha explanação intitulada "CRISE OU CRÍTICA DO CONHECIMENTO TURÍSTICO", na qual desenvolvi uma reflexão sobre a crise do conhecimento de uma forma geral depois a fiz a contextualização da temática no turismo.
Apresentei um vídeo que fizemos com o amigo Felix Tomillo Noguero, no qual comentávamos sobre uma famosa obra de Josef Stradner, publicada em 1905, com segunda edição de 1917, e que trata-se de um importante documento técnico científico do mundo acadêmico de turismo. 
Der Fremdenverkehr, Josef Stradner, 1917, segunda edição.

O livro era "novo", pois nunca havia sido lido. Como sabemos disso? Simples: suas páginas estavam ainda emendadas umas às outras e tivermos que usar um estilete para abrir-lás...
Platéia do fundão...

Depois foi o prof. Dr. Carlos Costa, da Universidade de Aveiro, Portugal fazer a sua explanação.

A visão crítica do prof. Carlos foi enfocada na gestão do turismo, de um modo geral. Ele se colocou à disposição dos pesquisadores e estudantes brasileiros para recebê-los em Aveiro ou atuar em conjunto em algum projeto. Acima, quem está com o microfone é a prof. Dra. Rosana Mazaro, coordenadora do programa de mestrado em turismo da UFRN.
 Prof. Marcelino com estudantes que trabalharam na organização.

Os colegas e amigos Kerlei, Luiz Trigo e Patrícia.

Após o almoço foi feita a reunião do grupo expandido que está construindo conhecimentos críticos em turismo e contou com a presença de vários alunos de pós graduação. Vários professores se apresentaram e falaram de suas propostas e um documento foi redigido sobre o tema. Cremos que trata-se de um belo movimento que está se configurando em torno do tema "produção crítica de conhecimentos turísticos".

Se haverá próximo evento? Ficou acordado que sim, mas sem estabelecimento de data nem de local. O que pode ser dito é que os estudos em turismo necessitam de uma revisão, e nós estamos buscando um caminho.
Abaixo mais fotos.
 Profa. Mirian e prof. Carlos Costa.

 Prof. Luiz Trigo com estudantes de graduação em turismo da UFRN que trabalharam no evento.

 Café.

quinta-feira, 24 de março de 2011

I Seminário Internacional de Estudos Críticos em Turismo - Primeiro dia

Postado por Alexandre Panosso Netto


Hoje é o primeiro dia do I Seminário Internacional de Estudos Críticos em Turismo, aqui na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

O evento tem a coordenação da profa. Dra. Kerlei Sonaglio, do prof. Dr. Sérgio Leal e da profa. Rosana Mazaro (foto acima).
Parte do público presente na abertura do evento.

Hoje pela manhã tivemos a apresentação da prof. Irena Ateljevic, residente na Holanda. Sua apresentação teve uma vertente da sustentabilidade e com uma visão positiva do atual momento, pois existem muitos grupos no mundo que perceberam que estamos em um momento de mudança. Sua visão é de a transmodernidade é um paradigma de mudança, ainda que ele possa ser definido de várias formas.
Profa. Irena, com o microfone em sua apresentação.

Depois da profa. Irena, quem apresentou foi o prof. Marcelino Castillo Nechar, de Toluca, México.
Sua apresentação versou sobre a perspectiva da epistemologia crítica. Sua apresentação fez a clara distinção entre a crítica simples da produção de conhecimentos críticos. Sem dúvida uma visão atual da teoria do turismo.
Prof. Marcelino em sua apresentação.

Confrontação do conhecimento, uma alegoria do prof. Marcelino.

Após o almoço tivemos a mesa com a profa. Mirian Rejowski e com o prof. Luiz Trigo.
A prof. Mirian apresentou um panorama da educação em turismo no Brasil e aportou conhecimentos interessantes para a área.
Prof. Luiz Trigo, Kerlei Sonaglio e Mirian Rejoswki, na mesa de agora à tarde.

O prof. Trigo, como sempre, fez sua crítica inteligente e bem humorada sobre a área do turismo. Criticou a infra-estrutura brasileira do turismo, as deficiências em nosso sistema educativo e apontou as possíveis saídas para os desafios encontrados.
Creio que foi um dia valioso. Abaixo outras fotos do evento.
Prof. Sérgio Leal preparando o equipamento para as apresentações.

 Professores palestrantes na primeira final do auditório.

 Momento de debate.
 Hora do café.
Profa. Irena e acadêmica Patrícia, a intérprete.

Amanhã teremos a apresentação do prof. Dr. Carlos Costa (Aveiro, Portugal) e a minha. Se der tempo, faço a postagem.