sábado, 28 de agosto de 2010

Para desvendar mitos e lendas da internet

Postado por Alexandre Panosso Netto e Tatiana Panosso

Estamos cheios de receber e-mails com correntes, lendas, mitos, estórias loucas, etc., por e-mail. A última que recebemos foi a estória de uma pessoa que foi viver em Roraima e descobriu que lá tudo é dos americanos, etc, bla, bla, etc, etc, bla, bla, bla....
O pior de tudo é que às vezes recebemos tais mensagens de gente, digamos, até culta, bem informada, inteligente.
Nesses dias até recebemos uma que trazia a ficha da Dilma do PT quando ela havia sido presa pelos militares por subversão, etc, etc, etc.... o pior é que a mídia impressa já havia desmentido o "imbrólio" com grande alarde num jornal de grande circulação no país.
Mas por que as pessoas enviam essas mensagens? Não sabemos.
O que sabemos é que algumas parecem tão reais... dá até medo.
Bom,  o melhor de tudo é que tem um site que desmente e desvenda tais mitos e lendas da internet. É o http://www.quatrocantos.com. Tem também o http://urbanlegends.about.com/, em inglês.

Da próxima vez que você receber uma mensagens destas, não perca tempo. Mas se quiser perder, acesse os sites indicados e desvende o engodo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

10 anos do curso de turismo da UFMS

Postado por Alexandre Panosso Netto

Parabéns ao curso de turismo da UFMS, Campus de Aquidauana, que está comemorando 10 anos e à UFMS, por seus 40 anos.

Dia 03 de setembro haverá uma grande festa da turma do turismo com direito a palestra, lançamento de livro e jantar comemorativo.

Muito do sucesso do curso de turismo de Aquidauna deve-se à sua coordenadora, profa. Patricia Zaczuk Bassinello, e à excelente equipe de jovens e engajados professores que ela coordena. Também deve-se ao pioneirismo de meu ex-professor e agora colega e amigo Noslin de Paula Almeida, que hoje é o diretor do campus da UFMS de Bonito-MS. Noslin, quando retornou de seus estudos na Espanha, me deu aula no curso de turismo da UCDB de agência de viagens.

A profa. Patrícia e o prof. Antônio Firmino de Oliveira Netto organizaram o livro "Turismo: Diversidade de Olhares e Experiências" (EdUFMS) que será lançado no dia 03 de setembro. Em seguida, ou anterior a ao lançamento, terei a satisfação e o desafio de falar sobre "A universidade no Século XX e os estudos turísticos”. 

Fiz grande parte de minha formação no Mato Grosso do Sul, por isso tenho uma admiração especial por este estado, especialmente pela UFMS, onde fiz especialização em História do Brasil e mestrado em História. Foram anos ótimos de aprendizagem e de amizades duradouras!
Pretendo rever esses amigos na semana que vem.


Segue o convite abaixo.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fusão Lan Chile e TAM - Mario Carlos Beni já previa

Postado por Alexandre Panosso Netto

A história que relato agora pode gerar certo descrédito, mas é verdade.
Como um dos editores de turismo da Editora Aleph, recebemos em maio de 2010 a terceira edição revista e atualizada do livro "Globalização do Turismo", de Mario Carlos Beni. Todavia, o trabalho editorial no livro iniciou apenas em agosto.
Umas das passagens, no capítulo da aviação comercial, apresenta a previsão:

A lan é uma grande força, no momento, por ser a maior em cargas voando com os porões de seus aviões sempre cheios e, ainda, fretando espaço nos porões das rivais. Seguindo a tendência das megafusões, talvez um movimento provável, e estratégico, num futuro próximo será a união da tam com a lan, sinergia de frota e de rotas ou lan com o grupo Gol/varig. Nesse cenário, apesar de não terem sinergia de frota, a empresa aérea resultante dessa fusão teria o empoderamento necessário para competir até com megaempresas norte-americanas e européias.”

O prof. Beni acaba de me ligar para confirmar se esta passagem estava mesmo no original, uma vez que sua previsão, meses antes do anúncio da fusão, foi acertadíssima. Ficamos dando risada e contentes. Futurologia? que nada! Conhecimento de causa!
Parabéns ao prof. Beni pela previsão acertada. 
Pena que não acreditei antes nisso e não investi em ações das empresas...

domingo, 22 de agosto de 2010

Bienal do Livro e livros, é claro.

Postado por Alexandre Panosso Netto e Tatiana Panosso

Na semana passada, no sábado, inventamos de ir à Bienal do Livro aqui em São Paulo. Antes de chegar já estava batendo o arrependimento. Uns 30 minutos de fila para entrar na estacionamento (agora nos perguntamos porque não fomos de metrô!!!??) Sem contar o preço do estacionamento: 25,00 reais. Um rou... deixa para lá.
Dá uma olhada na fila para entrar...

Bom, lá dentro fazia muito frio, mas fomos rodar e buscar novidades. Após encontrar uma fila de mais de 100 metros para ver o Pe. Marcelo com seu novo livro (Ágape), pensamos que seria a maior. Qual nada. A do Ziraldo dobrava a "esquina". Ele estava lançando..ah, esquecemos o nome do livro... também ele tem tantos publicados...são mais de 100, 200.. não crê? veja seu site então: ziraldo.com.br.

Será que estava lotado?

Abaixo outro panorama:

Vamos ao que interessa.
Encontramos algumas coisas interessantes, entre elas o livro do Alain de Botton, que não conhecíamos, "Os prazeres e desprazeres do trabalho" (Ed. Rocco). Neste livro, uma das idéias é mostrar que o trabalho que escolhemos diz muito sobre quem somos - tá isso não é novidade, mas a forma como o autor faz, é interessante pois ele visitou os trabalhadores em seus ambientes de trabalho. De Botton escreveu "A arte de viajar" e se interessa pelas questão do turismo, ócio e lazer modernos. Sua outra obra famosa é "As consolações da filosofia".

Também encontramos o livro "Vinhos" de André Dominé, da Könemann, que há tempos procurávamos. Com capa dura e 926 páginas em grande formato e papel parecido com o couché, foi um achado. Muito barato, pois estava em promoção. Em português, rico em imagens com abordagens de todos os melhores vinhos do mundo. Edição de colecionador.

 Buscávamos há tempos, mas por um preço acessível.


A bienal estava bem "surtida", até com sebos. Nesse da foto abaixo era possível encontrar coisas bem baratas. Não sabemos se eram boas, mas eram baratas. Procuramos um Caio Prado Júnior, mas o vendedor nos disse que haviam vendidos todos.

Mas nem tudo estava barato. O "Dicionário Jurídico" da Maria Helena Diniz estava pra lá de 600 reais e não compramos. Em casa encontramos, na internet, a edição mais atual por 355,04 EM 10 VEZES SEM JUROS no site da Saraiva. Era promoção e compramos. Em menos de 24 horas o livro foi entregue. Isso é que é qualidade!

E as "figuras" que sempre "rondam" eventos desta natureza, hein?! O que o povo faz para divulgar uma obra?! Havia esse "simpático" casal divulgando "Lendas Urbanas". Pela caracterização deles o livro é de matar (de medo?!)

Outro fato que nos chamou a atenção foi a gastronomia, que no mercado editorial brasileiro está entrando (já estou?) firme e está crescendo consideravelmente. É só ver o número de cursos de gastronomia e o número que obras que estão sendo lançadas. Achamos isso ótimo.
"Cozinhando com palavras" - lotado!
Nos chamou a atenção esse painel de livros abaixo. Estava escondido, num dos cantos do evento, mas não passou despercebido pela nossa infalível Panasonic.

Por fim rodamos bastante, mas com tanta gente, cansamos muito. Todavia, "o quase arrependimento" do início da visita, passou e fomos embora certos de que foi um ótimo programa cultural. Pena que demorá outros dois anos para o próximo...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Coleção Brasiliana agora disponível para download - FREE

Postado por Tatiana Panosso


Recebi essa informação por e-mail do coordenador de meu curso de Gestão de Políticas Públicas da EACH/USP e achei importante.
A Brasiliana foi editada pela famosa Companhia Editora Nacional entre 1931 e 1993. Até temos alguns livros dela aqui em casa...
No total são 415 volumes, que tratam dos estudos brasileiros. Parece que nem todos estão disponíveis, mas em breve, creio que estarão.
Boa leitura.
http://www.brasiliana.com.br/

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Concurso Docente para Professor Doutor na EACH/USP

Postado por Alexandre Panosso Netto


Nosso colega, prof. Dr. Ricardo Ricci Uvinha, pede para ajudar a divulgar a vaga abaixo.
Concurso Docente para Professor Doutor, referência MS-3, em RDIDP (Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa), no Curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

Área: *Gestão de Serviços em Lazer e Turismo* (Edital de abertura EACH/ATAc nº072/2010).
As inscrições estão abertas até 25 de setembro de 2010.
Informações adicionais, bem como as normas pertinentes ao concurso,
encontram-se à disposição dos interessados na Seção de Apoio Acadêmico da EACH USP
Telefones (11) 30911003 / (11) 30911037 ou pelo site www.each.usp.br

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

V Jornada de Lazer e Turismo e de Ciências da Atividade Física (EACH/USP)

Postado por Alexandre Panosso Netto


A questão é a seguinte: a programação da V Jornada de Lazer e Turismo e de Ciências da Atividade Física na EACH/USP já está no link

http://each.uspnet.usp.br/each/eventos-info.php?id=0000000465

A inscrições vão de 25 de agosto a 03 de setembro.
O evento se realiza em 29-30 de setembro e 01 e 02 de outubro.
O tema é Mega eventos: Copa do Mundo.

Ah, também temos um blogzinho: http://jornadaeach.blogspot.com

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Fordlândia" O documentário

Postado por Alexandre Panosso Netto
Cartaz de divulgação

Hoje tive a oportunidade de estar lá no Instituto Butantan e assistir o documentário "Fordlândia", de Daniel Augusto e Marinho Andrade. 
Para quem não sabe, Fordlândia é a cidade que foi construída pela Cia Ford, no Oeste do Pará, às margens do rio Tapajós. Sua construção foi iniciada em 1928. Seria uma cidade que daria todas as condições necessárias para que a Cia de Henry Ford produzisse borracha para suprir suas fábricas de automóveis nos EUA. O projeto não deu certo e em 1934 foi transferido para Belterra (veja postagens anteriores sobre Belterra).
Slide de apresentação do documentário.

O documentário é fruto da cabeça de Marinho Andrade que há mais de duas décadas ficou sabendo da existência da cidade em uma reportagem da Folha de São Paulo. A reportagem era sobre o projeto Jari, mas o que lhe chamou a atenção foi uma nota sobre outro projeto fracassado na Amazônia: Fordlândia. Perseguindo seu objetivo, lançou o documentário (com 54 min) em 2009 no Festival "É tudo verdade".
Aí está o Marinho - personagem aberto a novas idéias e apaixonado pelo que faz.

Após a apresentação do documentário a platéia pode conversar por uma hora e meia com Marinho para tirar dúvidas sobre o filme e sobre a cidade documentada. O que mais chamou a atenção foi o descaso dos governos com Fordlândia, um patrimônio histórico que está se perdendo e que é desconhecido dos livros de história do Brasil.
Estiveram presentes também para o "bate-papo" final a Elaine Lourenço, historiadora que fez uma dissertação sobre Forlândia e o cineasta Ricardo Dias.
Capa.

Ao final do evento fui dar os parabéns a Marinho pelo excelente trabalho. Ele se ofereceu para  ir apresentar o documentário lá na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP). Buscarei uma agenda para o evento.
Ah, fiquei sabendo também que o livro "Fordlandia - The Rise and Fall of Henry Ford's Forgotten Jungle City" de Greg Grandin, passou a ser vendido hoje no Brasil, já traduzido, com o título "Fordlândia - Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva". Custa 56,00 reais na Livraria Cultura. 
É, apesar das duas horas e meia que gastei no trânsito para voltar para casa, hoje foi uma sexta-feira cheia de cultura. Adorei o dia!

Fenomenologia do Turismo

Postado por Alexandre Panosso Netto

Desde os primeiros dias que comecei a entender um pouco de turismo busquei estabelecer sua relação com a filosofia. Parecia que faltava algo nas abordagens e nos estudos turísticos. Algo mais profundo, uma reflexão teórica clara, lógica e forte, digamos assim. Foi neste sentido que optei, no doutorado, por estudar a filosofia fenomenológica aplicada ao turismo. 
Mas qual corrente fenomenológica seguir, frente às inúmeras existentes? (a de Franz Brentano? a de Edmund Husserl? a de Martin Heidegger? a de Max Scheler? a de Jean-Paul Sartre?, a de Maurice Merleau-Ponty? a de Emmanuel Levinas?....são tantas..). Optei, e tinha que fazer uma opção, pela fenomenologia transcendental de Husserl. Foi uma escolha, ainda que a hermenêutica de Heidegger também pudesse ser desenvolvida.
Poucos eram (são) os estudos fenomenológicos do turismo. Encontrei alguns deles em inglês, italiano, espanhol e somente um em português, revelando que esse campo de investigação necessitava de maior aporte teórico e desenvolvimento no turismo.
Porém tudo muda....
Nesses dias deparei-me com o artigo (in press -  em fase de publicação) de Tomas Pernecky e Tazim Jamal, na Annals of Tourism Research, (2010, 37, 4) intitulado (Hermeneutic) Phenomenology in Tourism Studies e somente hoje tive a oportunidade de lê-lo de forma integral.
Com uma vasta revisão bibliográfica os autores deixam claro que poucos são os estudos em turismo dignos de nota sobre o tema da fenomenologia. Eles destacam alguns trabalhos importantes e apontam deficiências de outros. 
Destacam ainda que o tema da experiência em turismo está em crescente e que a fenomenologia, por estudar a experiência da existência (Husserl) e o próprio ser-no-mundo (Heidegger), é uma importante ferramenta e fundamentação teórica para essa análise.
Com muita clareza lógica  os autores apresentam uma tabela que analisa alguns paradigmas científicos usados no turismo (positivismo, pós-positivismo, teoria crítica e construtivismo); outra que apresenta as diferenças entre a fenomenologia de Husserl e de Heidegger e; outra com algumas guidelines  para os estudiosos que optam pela fenomenologia hermenêutica.
Sem dúvidas um texto esclarecedor. Aos interessados na temática, recomendo fortemente. Todos os meus orientandos já estão com o texto para discussão em breve.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A crise aérea ainda não terminou

Postado por Alexandre Panosso Netto

É novidade que a crise aérea brasileira ainda não terminou? Creio que não! Quando lançamos o livro “Cenários do turismo brasileiro”, em 2009, (Editora Aleph), com o prof. Luiz Trigo, já escrevemos:

“A denominada “crise aérea” ou “caos aéreo”, termo pelo qual a imprensa nacional preferiu identificar a sequência de fatos desastrosos que se abateram sobre a aviação comercial brasileira nos anos de 2006, 2007 e 2008, tem uma presumível data de seu início e não tem data prevista para terminar. (p.108)

Bom, é isso o que temos visto nos últimos dois dias e meio: um grande problema para os passageiros nos aeroportos brasileiros. Os problemas apontados para os inúmeros atrasos são de ordem trabalhista, mudança de sistema, escalonamento de funcionários, etc... Tudo se justifica, mas quem mais sobre, mais uma vez, é o passageiro!

 CENA DA VIDA TURÍSTICA (que esperamos não se repita!!)

"Dezembro de 2006 – A família paulistana acompanha aflita pela televisão o caos aéreo brasileiro. Os quatro decidiram conhecer a Amazônia brasileira e suas passagens já estão marcadas. Estão em dúvida se vão ao aeroporto, pois as notícias não são boas. Com o voo marcado para as 14horas, pouco antes das 12 decidem ir, pois nada pode estragar a festa de fim de ano. Ao chegarem ao aeroporto, se deparam com o caos total – filas enormes nos guichês da principal companhia aérea nacional, gente gritando, outros chorando, empurra-empurra, overbooking pra todo lado. Escolhem uma fila; duas horas e meia depois, descobrem que o avião que iria para Brasília e depois Manaus não tem mais lugar. A jovem passageira grita com a atendente e exige uma recolocação em outra aeronave “só se for para dormir em Brasília!”. Aceitam a oferta. Check-in feito no momento em que o sistema de som do aeroporto avisa: “pedimos calma a todos; suspenderemos o check-in por tempo indeterminado, pois os aviões estão atrasados... já temos 9 mil pessoas nas salas de embarque, contamos com a colaboração...”nesse momento, carrinhos de malas são arremessados, passageiros desconsolados invadem as posições, os atendentes da companhia somem. Repórteres tentam os melhores ângulos de imagem... a situação está descontrolada. É quase meia-noite quando entram na aeronave. Chegam a Brasília de madrugada. Mais duas horas para decidir o que fazer. Uma van é disponibilizada para levá-los a um hotel. O voo para Manaus é remarcado para as 12 horas do dia seguinte. Este parte no horário. Ao chegar a Manaus, com um dia de atraso, o hotel, como que não sabendo do caos aéreo, havia cancelado as reservas. Choro, brigas, “nada posso fazer, estamos lotados”, afirma o recepcionista. Saem em busca de outro hotel. “País de merda!”, é o que pensa o patriarca da família. Mas não diz, seria muito deselegante.” (p. 107-108)."

Nossa previsão, ao encerrar o capítulo do livro sobre a crise aérea foi:

“O período entre 2009 e 2010 será decisivo para a aviação comercial brasileira. Certamente será pródigo em fatos, competições entre empresas e mudanças táticas e estratégicas (públicas e privadas) na área. (p. 121).

Mas falo a verdade: gostaria que estivéssemos errados à época quando previmos que a crise não havia terminado...