domingo, 21 de janeiro de 2024

Tessera Hospitalis - Museu de Palencia, Espanha.

 Por Alexandre Panosso Netto

Eu sei, faz anos que não publicava aqui, mas como é domingo chuvoso e frio em Santiago de Compostela onde estou hoje, tirei um tempinho para mostrar isso para vocês.

Nesses dias visitei a cidade de Palencia, que fica na Comunidade Autônoma de Castilla y León, na Espanha.

Fui recebido pela amiga Naide Nóbrega, brasileira de Pernambuco, que trabalha com turismo na cidade e região e é uma apaixonada por Palencia. Ela também é apoiadora do https://themuseumoftourism.org/, uma ideia genial do colega Alberto Bosque Coelho (que também já esteve conosco na EACH-USP).

Sem delongas, eis o vídeo que fizemos e duas fotinhas para ilustrar.

A primeira vez que ouvi falar das tesseras foi com meu querido e saudoso professor e amigo Felix Tomillo Noguero (se quiser saber quem foi ele em detalhes, dá uma olhada aqui http://www.hospitalidad.info/ )

TESSERA HOSPITALIS - eras peças que representam os antigos pactos de hospitalidade. As mais famosas são dos antigos romanos, mas elas também foram usadas pelos etruscos e os celtas. Não sei se os gregos antigos também tiveram. 

Essa foto fiz do cartaz na parede, pois assim se vê as peças frente e verso.


MUSEU DE PALENCIA - tem 5 peças delas (dos celtas). São as da foto acima – um pássaro; uma mão (na verdade são 4 dedos de uma mão e 1 dedo de outra, de pessoas diferentes); um javali completo; metade de um javali e; uma figura como um âncora ou forca, anepígrafe (sem escritos).

A coleção de 5 peças fica dentro de uma redoma de vidro.


TRADUÇÃO DO TEXTO DA TESSERA DO JAVALI (de um pacto realizado no dia 1 de agosto do ano 14 d. C.):

Durante o consulado de Sexto Pompeio e de Sexto Apuleyo, o cosaburense Amparamo fez um pacto de hospitaldidade com a cidade dos maggavienses para si mesmo, para seus filhos, libertos e descendentes. E todos os maggavienses em (sua) hospitalidade, fidelidade e clientela e em igualdade de condições que qualquer cidadão maggaviense. No pacto interviram os magistrados Caelio, Caraegio e Aburno.







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