As atividades do V Encontro Butantan na Amazônia, em Belterra, se encerram hoje. O evento continua até o dia 14 em Santarém.
O tema do evento em Belterra girou em torno da biodiversidade e do patrimônio natural, cultural, histórico, científico da região. Foram dois dias de conferências e muitos debates, alguns bem instigantes e promissores.
O evento faz parte das ações de pesquisa e trabalho social do Instituto Butantan na Amazônia, que possui um campo de pesquisa na cidade de Belterra e conta com o apoio de órgão públicos das cidades da região e de universidades e faculdades locais.
Tive a oportunidade de participar de uma mesa redonda com o tema do turismo patrimonial. O debate gerado foi polêmico, pois afirmei que três reais que uma comunidade ribeirinha cobra por um brinco de sementes da floresta é muito pouco, quase nada. Duas pessoas disseram que se é esse o preço que a comunidade quer cobrar, portanto, deve ser respeitado. Não concordo. Três reais é o preço de um picolé, não de uma obra de arte original, única e cheia de história e significado. A comunidade merece mais respeito, e a valorização monetária de suas obras é uma forma de atribuir esse respeito (sei que existem outras formas de valorização também, mas a financeira é uma, com certeza...), mas enfim, esse é um grande debate socioantropológico.
Seguem mais fotos do evento realizado na sala da coordenação de planejamento de Belterra.
Ricardo Dias discutindo seu filme "No rio da Amazonas".
Equipe do Instituto Butantan e convidados.
Este que escreve e Dr. Otavio Mercadante, diretor do Instituto Butantan.
Eu, Ricardo Dias, Waldely de Aveiro e Rodrigo da Sec. de Transp. do Est. do Pará.
Momento de minha apresentação.
Além disso pude visitar o rio Tapajós, a parte histórica da cidade e alguns destinos naturais próximos à cidade. Valeu a pena.
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