ARBORECÊNCIA II
Bom mesmo é ser como as árvores:
- Nunca mudam de caminho...
Mas mudam o caminho
de homens, insetos e passarinhos!
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O poema acima, (e todos desta postagem), está (estão) no livro "Amorosidades outonais para concertos de sabiás na primavera", (Editora LIFE, 2009) da poetisa Sandra Andrade, do Mato Grosso do Sul. O livro tem uma qualidade gráfica maravilhosa e repleto de ilustrações originais. Esse é um dos melhores trabalhos que conheço de Sandra - minha opinião, pois ela tem 13 livros publicados (e outros estão vindo...).
Sandra estudou Filosofia da Universidade Católica Dom Bosco conosco. Lá enamorou-se de um grande amigo, Dionísio Belini, e casaram-se apaixonados. Desde então sua verve poética renovou-se, amadureceu, cresceu, completou-se!
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SOBRE O AMOR
A tarde aninhava-se
nas copas das árvores
e eu pensava em não mais
pensar em ti...
E Nasrudin, num livro,
aconselhou-me:
- Cuidado! Um amor enternecido
de ninhos, estrelas azuis e luas
sempre achará a razão de ser!
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Imagem que acompanha o poema "Sobre o amor".
FRAGMENTO AMOROSAMENTE GEOGRÁFICO I
Não conhecia as dunas...
Mas viajo num deserto
quando estou longe de ti!
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ACONTECÊNCIAS POÉTICAS I
O poeta ouviu
o luar escorrer
pelo telhado.
- Interrompeu o pensamento,
guardou o poema
e foi conversar com a lua no terreiro.
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Encontrei-me com Sandra e com Dionísio, na casa deles, neste fim de semana em que estive em Campo Grande para participar de uma banca de mestrado e dar uma palestra na UCDB (veja postagem anterior).
Foi muito legal relembrar das aulas de filosofia, os amigos, as histórias. Estava conosco outro amigo da filosofia, José Rita Martins Lara. Tomamos tereré (bebida à base de erva mate moída, típica do MS), demos risada e falamos da vida. Celebramos a vida!
Chega de história. Mais uns poemas para terminar esse papo e homenagear nossa amiga.
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UM CAMINHO NOVO
Há tempos, renunciei
aos impérios dos infelizes
porque habitei-me de possibilidades!
Apropriei-me de asas
para alcançar os sonhos, os ninhos
e as metáforas felizes.
Agora caminho descalça de tristezas
enquanto escuto nas estrelas o teu riso
e desenho nas nuvens vozes de crianças!
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AMANDO AINDA
A tarde
chega vestida de azul,
desce morna pelos telhados,
abre uma clareira no dia e nos meus pensamentos
e então você passa e eu penso:
- E o amor, nunca passa?
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DEPOIS DE TODAS AS ESTAÇÕES
Não quero envelhecer
para chorar lembranças
como um inverno
que chora folhas outonais.
Não quero atalhos
costurados com antigas ilusões.
Vou lembrar à velhice todos os dias
de outras manhãs que virão.
Assim, quando a noite imensa chegar,
em cada estação,
as manhãs é que de mim lembrarão!
3 comentários:
Obrigada pela generosidade em divulgar meu trabalho pela literatura de MS em seu Blog.Nós , seus amigos, é que estamos felizes por rever você e saber que tudo está dando muito certo para você. Claro, com seu esforço e inteligência.Quem sabe um dia faremos uma viagem juntos ao Velho Mundo.Bjos poéticos!
"Sandra estudou Filosofia da Universidade Católica Dom Bosco conosco. Lá enamorou-se de um grande amigo, Dionísio Belini, e casaram-se apaixonados." EU FUI TESTEMUNHA. SILVIO MONEZ
sandra ela deu minha solucao mas adorei seu trabalho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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