domingo, 24 de junho de 2012

Revista Homo Viator - Número 3 (2012)

Postado por Alexandre Panosso Netto

Saiu a "HOMO VIATOR - Revista hermenêutica del viaje, la hospitalidad y el ocio", número 3 (2012), editada pelo investigador mexicano Napoleón Conde Gaxiola, do Instituto Politécnico do México.
Para baixar o número completo, clique aqui: http://www.4shared.com/office/ekQSQMYt/Homo_Viator_3.html

Para este número fui entrevistado por Napoleón Gaxiola em Valladolid, em 2011, e pude expor um pouco os temas das pesquisas que estamos desenvolvendo e o que penso sobre epistemologia do turismo e história do conhecimento turístico.
O índice da revista é o que segue abaixo:

ÍNDICE:
  • Miguel Ángel Adame Cerón - Las prácticas y discursos New Age en Tepoztlán, Morelos, México: ¿Turismo alternativo? (6)
  • Daniel Hiernaux - Migraciones por estilo de vida e imaginarios en México (23)
  • Eliana Cárdenas Méndez - De dinámicas migratorias a biografías ingrávidas en la Riviera Maya (38)
  • Francisco Muñoz de Escalona - Turismo: ¿Complejo acto de consumo o simple actividad productiva? (60)
  • Marcelino Castillo Nechar; Adolfo Esteban Arias Castañeda - Orientaciones de la investigación turística en cuerpos académicos de instituciones de educación superior en México (84)
  • MsC. María Soledad Racet Morciego - El destinatario final de la cadena de consumo turística ¿Consumidor turístico o turista consumidor? Un acercamiento a su conceptualización (101)
  • M.C. Ana Yolanda Rosas-Acevedo; M.C. Audel Sánchez Infante M.C. José Luis Rosas-Acevedo; Dr. Roger Joseph; Bergeret Muñoz - Patrimonio natural y turismo (111)
  • Napoleón Conde Gaxiola - Hacia una ética analógica en la cuestión turística (126)
  • Entrevista de Napoleón Conde al investigador y profesor brasileño Alexandre Panosso Netto (Entrevista ao pesquisador e professor brasileiro Alexandre Panosso Netto) (134)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Revista Homo Viator - Número 2 (2011)

Postado por Alexandre Panosso Netto

Acaba de chegar o número 2 (2011) da "HOMO VIATOR - Revista hermenêutica del viaje, la hospitalidad y el ocio", editada pelo investigador mexicano Napoleón Conde Gaxiola, do Instituto Politécnico do México (Clique aqui para baixar o número completo gratuitamente).
Homo viator pretende ser um veículo de divulgação de novas ideias, metodologias e abordagens sobre o turismo, que vão além da visão positivista.
Sua orientação é para a publicação de artigos críticos com base na hermenêutica, na fenomenologia, na teoria crítica entre outras correntes pós-positivistas. Só por este motivo já vale a pena a consulta.

Abaixo o sumário completo do número 2 (2011).

Manuel Figuerola Palomo - Hacia una teoría formal del turismo (6)
Dra. María Elena Betancourt García, Dra. María Caridad Falcón Rodríguez - Sistema de gestión integrada de destinos turísticos; el caso de Santa Lucía de Cuba (24)
Maximiliano E. Korstanje, Geoffrey Skoll - Imperio, terrorismo y turismo. El cine de terror americano en la modernidad (33)
Tomás Molinet Berenguer, Yailé Caballero Mota, José Antonio Molinet Berenguer, María Elena Betancourt
García - Modelos de pronóstico de la demanda turística: un estudio comparado de redes neuronales artificiales y ARIMA (59)
Tzintli Chávez Luna, Marcelino Castillo Nechar - El estado de la investigación turística en la actualidad (70)
Avelino Blasco Esteve - La nueva regulación de la clasificación hotelera en las Islas Baleares (88)
Andrés Ortiz-Osés - Efemérides de lo efímero (109)
Napoleón Conde Gaxiola - Turismo y vida (129)
Napoleón Conde Gaxiola - Entrevista a Marcelino Castillo Nechar (139)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sobre publicações em periódicos internacionais de turismo

Recebemos um comentário sobre a postagem “Qualis CAPES 2012 - Periódicos de Turismo”, que nos desafia de modo interessante. O Kleber, seu autor, diz se surpreender com a pressão exercida pelos diferentes atores sobre os professores e discentes do ensino superior para sempre publicarem mais e melhor. Segundo ele, “aliar a quantidade e qualidade em nossas publicações é muito difícil. Então às vezes nos vemos desmotivados a escrever um artigo bom (levando mais tempo, claro) para um periódico internacional em inglês, em contrapartida de 2 ou 3 ‘simples’ para um congresso ou revista brasileira.”

Além disso, o Kleber faz algumas perguntas, que tentarei comentá-las.

1. Primeiro nos pergunta como é o funcionamento do processo de produção e publicação em turismo em outras regiões do mundo. Essa é a mais simples de todas. O processo é igualzinho como se faz no Brasil. Não há grandes diferenças, pois a maioria das revistas trabalha com double blind review. Aliás, não devemos nos esquecer que se falamos em ciência, então devem existir padrões internacionais, aceitos pela comunidade acadêmica. Pelo que sei, os estudiosos brasileiros do turismo seguem esses padrões.

2. A segunda pergunta é “por que artigos brasileiros não são publicados nos mais qualificados periódicos internacionais em turismo?” Bom Kleber, essa é fácil também: simplesmente porque os pesquisadores brasileiros do turismo submetem um número reduzidíssimo de artigos a estes periódicos internacionais, principalmente àqueles em idioma inglês. Tenho a impressão que os brasileiros submetem um número maior de artigos em idioma espanhol do que em idioma inglês. Neste aspecto, nem todos sabem escrever diretamente em inglês e têm que buscar traduções. Uma boa tradução é cara. Está tudo relacionado.

3. A terceira pergunta é: “O que faz com que Coreanos, Chineses, Sul-africanos, Turcos (!!!!), australianos estejam sempre presentes nas principais publicações? O que eles tem, que não temos?”. Primeiro que alguns pesquisadores deste grupo de países já decidiram que vão publicar em inglês nos journals top. E se empenham no tema. Porém, há inúmeros, para não dizer incontáveis fatores. Por exemplo os apoios governamentais para que os estudantes de pós-graduação estudem fora de seu país de origem e; por exemplo universidades que fazem a versão em inglês do estudo no idioma vernáculo. Acho que a academia brasileira de turismo ficou durante muito tempo fechada em si mesma. Não havia intercâmbio e os poucos pesquisadores não davam conta de atender à demanda interna, quem dirá se preocupar em publicar lá fora. Além disso tudo, há a qualidade das pesquisas realizadas, quem nem sempre alcançam o padrão internacional de publicação.

4. "Como nos preparar para sermos competitivos cientificamente?" Uma outra boa pergunta. Vejo que primeiro é necessário saber pesquisar e pesquisar temas de interesse. Segundo que é necessário ter algo a comunicar. Os resultados devem ser válidos, interessantes, úteis (sem querer ser utilitarista). As pessoas devem querer ler o que temos publicado. Também é necessário conhecer o idioma inglês. É inegável que se queremos ser conhecidos teremos que publicar neste idioma. Não preciso escrever em japonês para que um japonês me entenda. Basta que seja em inglês. O contrário também é verdadeiro. Se o esperanto tivesse dado certo seria outra história. 

5. "Quais são boas práticas brasileiras e internacionais, no que se refere a produção científica que devemos nos espelhar?" Essa é difícil, hein. Como boas práticas temos os colegas brasileiros que saíram do Brasil e por aí foram fazer seus mestrados e doutorados. Aprenderam vários idiomas, não só o inglês, e acabaram estabelecendo redes, amizades, conhecimento com outros pesquisadores. Se estabeleceram no exterior e de lá fazem suas investigações de qualidade, publicando em inglês, espanhol, alemão, francês, português, etc. Veja o caso da Academia Internacional para o Desenvolvimento da Pesquisa em Turismo no Brasil (ABRATUR) - www.abratur.org. Além disso, participar de congressos internacionais, conhecer as pessoas e TER ALGO A OFERECER. Os outros pesquisadores também querem nos conhecer, mas o contato será duradouro se houver troca, o "ganha-ganha". Boas práticas internacionais existem várias. Basta acessar as principais publicações em nossa área e ver a quais grupos de estudos os pesquisadores que publicam pertencem. Eles são boas práticas.

RESSALVA - Creio que tudo isso é muito interessante para quem está iniciando a carreira universitária. Porém, o mais importante, é gostar do que se faz e ter planejamento. Se alguém não quer publicar em outro idioma, tudo bem; se quer, tudo bem também. As pessoas buscam ser felizes. É isso o maior barato. Não vou me meter a publicar em inglês e a fazer pesquisas que não gosto só porque os outros dizem que é legal. Vou fazer pesquisa se eu quero, se eu gosto, se penso ser importante, se penso ser válidas. Porque eu faria algo que não gosto? 
Se eu não gostasse do que faço, mudaria de profissão.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Qualis CAPES 2012 - Periódicos de Turismo

Postado por Alexandre Panosso Netto


Recentemente saiu a nova avaliação das revistas científicas nas quais os professores de mestrado e doutorado do Brasil publicam. Este é um dos itens do denominado "Qualis Capes", que segundo a Capes informa, "é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender as necessidades específicas do sistema de avaliação e é baseado nas informações fornecidas por meio do aplicativo Coleta de Dados. Como resultado, disponibiliza uma lista com a classificação dos veículos utilizados pelos programas de pós-graduação para a divulgação da sua produção." (FONTE: http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis).

Trata-se, portanto, da avaliação da produção científica dos programas de pós-graduação. "A classificação de periódicos é realizada pelas áreas de avaliação e passa por processo anual de atualização. Esses veículos são enquadrados em estratos indicativos da qualidade - A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero." (FONTE: http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis).
A relação completa dos periódicos avaliados e suas referidas classificações encontram-se em http://qualis.capes.gov.br/webqualis/.
Bom, o fato é que a divulgação dos periódicos avaliados na área de "Administração, Ciências Contábeis e Turismo", especialmente os relacionados diretamente ao turismo, gerou algumas críticas entre os investigadores da área.
A conversa toda se iniciou na lista de discussão da ANPTUR - http://www.anptur.org.br/portal/ - e, pelo que já presenciei, anda agora pelos corredores das universidades. Alguns concordam e defendem a classificação, outros creem que ela não representa a realidade. 
Outras críticas são de que periódicos importantes na área, tais como o Journal of Sustainable Tourism (http://www.tandf.co.uk/journals/0966-9582) tem uma mera classificação B5; ou que o Annals of Tourism Research (http://www.journals.elsevier.com/annals-of-tourism-research/), um dos mais conceituados mundialmente, sequer aparece na listado na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. O outro grande da área, o Tourism Mangement (http://www.journals.elsevier.com/tourism-management/) se encontra na mesma situação. Ou melhor, não se encontra!
A explicação dada para estes dois últimos periódicos não estejam relacionados, é de que o Qualis só avalia os periódicos nos quais os professores de pós publicam... logo, nenhum de tais professores publicou nos referidos periódicos...
Uma boa análise da nova classificação Qualis 2012 está no texto de Mauricio Rocha e Silva, "Qualis 2011-2013 – os três erres" (J Vasc Bras 2011, Vol. 10, Nº 2, disponível em:  http://www.jvascbr.com.br/11-10-02/JVBv10n2_Editorial2.pdf - enviado à lista ANPTUR por uma colega pesquisadora). Ali ele afirma que há equívocos claros na forma de avaliação e confirma o fato de que periódicos nacionais estão com notas abaixo do merecido. Inclusive alguns já estão sendo até reclassificados com notas superiores.
Outra pergunta que está em aberto é se os pesquisadores estão fazendo uso correto do Qualis. Bom, aí cada um tem que rever sua postura.
Parece-me que os pesquisadores do turismo no Brasil publicam muito em língua portuguesa e em espanhol. O terceiro idioma mais publicado é o inglês. Aí voltamos àquela velha questão da visão anglófona: se quisermos ser lidos "pelo mundo", temos que publicar em inglês. Se nos basta ser lidos por nossos conterrâneos, então publicamos em português. É mais fácil, mais barato, mais rápido, mas com abrangência limitada.
Outro tema que entra na discussão é o produtivismo acadêmico. Ou seja, a pressão exercida pelo governo, pela universidade, pelos acadêmicos, pelas instituições de fomento à pesquisa, pelo próprio cientista, enfim, pelo sistema, para que sempre se publique mais (e melhor, se possível). Isso leva os docentes, já tão atribulados com as burocracias da universidade, com as palestras, com as aulas, com as viagens, com a submissão do artigo para o congresso, com o seu blog, com a revisão de artigos, com reuniões de associações, com as orientações de alunos (de graduação, de IC, de mestrado, de doutorado, de pós doutorado), com a carreira universitária... a conseguirem o ótimo resultado do estresse, da úlcera, do mau humor, da falta de tempo para a família e amigos...
Não quero ser pessimista, e não sou. Os pesquisadores devem saber dosar cada um dos aspectos de sua vida.
O prof. Dr. José Manoel Gonçalves Gândara, da UFPR, teve o trabalho de organizar e disponibilizar a relação com as referidas classificações dos periódicos de turismo, conforme abaixo. Publicamos a relação com a sua permissão. Ele avisa que não é a lista completa, pois outros periódicos ainda estão sendo inseridos.
Os que estão em maiúsculas e em negrito são os avaliados na área de Administração, Ciências Contábeis e TURISMO.
Veja a lista abaixo. Avalie e tire as suas conclusões. Tenho as minhas, mas nem todas vou escrever aqui, né.

CADERNO VIRTUAL DE TURISMO - B1 ADM / TURISMO
Caderno Virtual de Turismo (UFRJ) - B4 PLAN.URB
Caderno Virtual de Turismo (UFRJ) - B4 INTERDISC
Caderno Virtual de Turismo (UFRJ)- B4 SOCIOLOGIA
Caderno Virtual de Turismo (UFRJ) - C  EDUCACAO
Caderno Virtual de Turismo (UFRJ) - B4 ANTROPOLOGIA
Caderno Virtual de Turismo (UFRJ) - B5 ARQUITET. URB.

ESTUDIOS Y PERSPECTIVAS EN TURISMO - B1 ADM / TURISMO
Estudios y Perspectivas en Turismo - B2 GEOGRAFIA
Estudios y Perspectivas en Turismo - B5 PLAN.URB
Estudios y Perspectivas en Turismo  - B2 INTERDISC
Estudios y Perspectivas en Turismo - B2 PSICOLOGIA
Estudios y Perspectivas en Turismo - B1 SOCIOLOGIA
Estudios y Perspectivas en Turismo - B2 ANTROPOLOGIA
Estudios y Perspectivas en Turismo - B2 HISTORIA

PASOS – REVISTA TURISMO PATRIMONIO CULTURAL B1 ADM / TURISMO
Passos – Revista de Turismo y Patrimonio Cultural - B2 - GEOGRAFIA
Passos – Revista de Turismo y Patrimonio Cultural - B2 - PLANEJ. URB.
Passos – Revista de Turismo y Patrimonio Cultural - B4 - PSICOLOGIA
Passos – Revista de Turismo y Patrimonio Cultural - B1 - SOCIOLOGIA
Passos – Revista de Turismo y Patrimonio Cultural - B3 - EDUCACAO
Passos – Revista de Turismo y Patrimonio Cultural - B1 - INTERDISC

REVISTA BRASILEIRA DE PESQUISA EM TURISMO B1 ADM / TURISMO
Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo - B4 GEOGRAFIA
Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo - B4 ARQUITET. URB.

WORLD WIDE HOSPITALITY AND TOURISM THEMES - B1 ADM / TURISMO
Worldwide Hospitality and Tourism Themes - B2 GEOGRAFIA

REVISTA BRASILEIRA DE ECOTURISMO - B2 ADM / TURISMO
Revista Brasileira de Ecoturismo - B4 GEOGRAFIA


TURISMO EM ANÁLISE - B2 ADM / TURISMO
Revista Turismo em Análise - B3 ECONOMIA
Revista Turismo em Análise - B3 GEOGRAFIA
Revista Turismo em Análise - B3 PLAN.URB
Revista Turismo em Análise - B3 INTERDISC
Revista Turismo em Análise - B4 PSICOLOGIA

TURISMO: VISÃO E AÇÃO - B2 ADM / TURISMO
Turismo: Visão e Ação (Online) - B4 GEOGRAFIA
Turismo: Visão e Ação (Online) - B4 PLAN.URB
Turismo: Visão e Ação (Online) - B4PSICOLOGIA
Turismo: Visão e Ação (Online) - C SOCIOLOGIA
Turismo: Visão e Ação (Online) - B4 EDUCACAO
Turismo: Visão e Ação (Online) - B5ANTROPOLOGIA
Turismo: Visão e Ação (Online) - B3 INTERDISC.

TURYDES - B2 ADM / TURISMO
TURyDES (Málaga) - B1 GEOGRAFIA
TURyDES (Málaga) - B5PLAN.URB

CULTUR – REVISTA DE CULTURA E TURISMO - B3 ADM / TURISMO
Cultur: Revista de Cultura e Turismo – C INTERDISC
Cultur: Revista de Cultura e Turismo - B5 GEOGRAFIA
Cultur: Revista de Cultura e Turismo - B5 SOCIOLOGIA

HOSPITALIDADE - B3 ADM / TURISMO
Revista Hospitalidade - B5 GEOGRAFIA

ROSA DOS VENTOS - B3 ADM / TURISMO
Rosa dos Ventos - B5 GEOGRAFIA

TURISMO E SOCIEDADE - B3 ADM / TURISMO
Turismo e Sociedade - B5 GEOGRAFIA

TURISMO & DESENVOLVIMENTO (PORTUGAL) - B3 ADM / TURISMO
Revista Turismo & Desenvolvimento - B4 GEOGRAFIA

TURISMO & DESENVOLVIMENTO - B3 ADM / TURISMO
Revista Turismo & Desenvolvimento - B5 INTERDISC
Revista Turismo & Desenvolvimento - B5 ANTROPOLOGIA

OBSERVATORIO DE INOVAÇÃO DO TURISMO - B4 ADM / TURISMO
Observatório de Inovação do Turismo - B4 GEOGRAFIA
Observatório de Inovação do Turismo - B4 PSICOLOGIA
Observatório de Inovação do Turismo - B4 SOCIOLOGIA
Observatório de Inovação do Turismo - B4 INTERDISC.
Observatório de Inovação do Turismo - B5 HISTORIA
Observatório de Inovação do Turismo - C DIREITO

GLOBAL TOURISM - B5 ADM / TURISMO
Revista Global Tourism (Online) - B2 GEOGRAFIA
Revista Global Tourism (Online) - B3 INTERDISC
Revista Global Tourism (Online) - B3 ANTROPOLOGIA
Revista Global Tourism (Online) - B5 ARQUITET. URB.

JOURNAL OF SUSTAINABLE TOURISM - B5 ADM / TURISMO

PATRIMONIO: TURISMO E LAZER - B5 ADM / TURISMO
Patrimônio: Lazer & Turismo (UNISANTOS) - B5 GEOGRAFIA
Patrimônio: Lazer & Turismo (UNISANTOS) - B5 INTERDISC
Patrimônio: Lazer & Turismo (UNISANTOS) - B5 SOCIOLOGIA
Patrimônio: Lazer & Turismo (UNISANTOS) - B5 HISTORIA

REVISTA ELETRONICA DE TURISMO CULTURAL - B5 ADM / TURISMO
Revista Eletrônica de Turismo Cultural (USP) - B5 GEOGRAFIA
Revista Eletrônica de Turismo Cultural (USP) -B5 INTERDISC

CUADERNOS DE TURISMO - C ADM / TURISMO
Cuadernos de Turismo – C INTERDISC
Cuadernos de Turismo - B3 ANTROPOLOGIA

DIALOGANDO NO TURISMO - C ADM / TURISMO
Dialogando no Turismo - B5 GEOGRAFIA

INTERNATIONAL JOURNAL CONTEMPORARY HOSPITALITY MANAGEMENT C ADM / TURISMO

INTERNATIONAL JOURNAL OF HOSPITALITY MANAGEMENT - C ADM / TURISMO

ITINERARIUM - C ADM / TURISMO
Itinerarium - B4 GEOGRAFIA
Itinerarium - B5 SOCIOLOGIA
Itinerarium - B5 EDUCACAO
Itinerarium - B5 INTERDISC.

LICERE - C ADM / TURISMO
Licere - B3 EDUCACAO
Licere - B2 EDUCACAO FISICA
Licere - B3 INTERDISC.

REVISTA BRASILEIRA DE DOCENCIA, ENSINO E PESQUISA EM TURISMO - C ADM / TURISMO

REVISTA ESTUDOS TURÍSTICOS - C ADM / TURISMO
Estudos Turísticos - B4 GEOGRAFIA

TOURISM AND HOSPITALITY RESEARCH - C ADM / TURISMO

REVISTAS NAO AVALIADAS EM ADM / TURISMO Conceito Área
Annals of Tourism Research - A1 INTERDISC
Annals of Tourism Research - B5 ECONOMIA
El Periplo Sustentable - B2 PLANEJ. URB
El Periplo Sustentable - B4GEOGRAFIA
Pesquisas em Turismo e Paisagens Cársticas - B4 GEOGRAFIA
Pesquisas em Turismo e Paisagens Cársticas - B5PSICOLOGIA
Aportes y Transferencias / Tiempo Libre: Turismo y Recreación - B4 GEOGRAFIA
Com Textos Turísticos - B4 GEOGRAFIA
Gestión Turística (Valdivia. Impresa) - B4 GEOGRAFIA

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Teoría del turismo:conceptos, modelos y sistemas

Postado por Alexandre Panosso Netto


Acaba de ser publicado no México o livro "Teoría del turismo: conceptos, modelos y sistemas". Trata-se da tradução da segunda edição do livro "Teoria do Turismo: conceitos, modelos e sistemas", de autoria do prof. Dr. Guilherme Lohmann (Southern Cross University, School of Tourism and Hospitality Management, Austrália) e minha. O livro original foi lançado pela Editora Aleph em 2008.

A tradução publicada agora em Espanhol foi feita a partir da segunda edição da obra em português, que será lançada no Brasil até o dia 20 de maio.
O livro em idioma português, aqui no Brasil, de certa forma, foi bem aceito, pois já foi vendida toda a primeira edição e mais uma primeira reimpressão e a segunda edição está no forno.
Tivemos notícia também que o livro estava sendo utilizado em alguns cursos de turismo da Argentina, Cuba, Chile e México, mesmo estando no idioma português. Isso no motivou a trabalhar para viabilizar a tradução ao Espanhol. 
A Editora Trillas é uma das líderes, senão a grande líder, no mercado latino americano de publicações técnicas em turismo em idioma espanhol.
Ali já tive a oportunidade e publicar a tradução do livro publicado em português "Filosofia do turismo: teoria e epistemologia", que lá saiu como "Filosofía del turismo: teoria y epistemología",em 2010 e também publicar o livro que foi organizado junto com o prof. Dr. Marcelino Castillo Nechar, intitulado  "Epistemología del turismo: estudios críticos".
Agradeço publicamente a equipe da editora Trillas, especialmente a senhora Lucia Ramirez, pelo profissionalismo.
Agradeço também ao Guilherme Lohmann pelas oportunidades que tem criado para muitos colegas do turismo. Tá aí uma pessoa que saber abrir portas! Valeu Guilherme!
Novos projetos temos pela frente. Quem sabe não é algo na mesma linha em espanhol... ou será em inglês?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

ExpoVinis Brasil 2012

Postado por Alexandre Panosso e Tatiana Panosso
Nesta semana fomos convidados a participar da ExpoVinis Brasil 2012. A maior feira de vinhos do Brasil que foi realizada neste mês de abril, entre os dias 24 e 26, aqui em São Paulo. A feira é exclusiva para profissionais do vinho. Consumidores finais tinham que pagar para entrar. 
Uma parcial do concorrido evento.
Não somos experientes no tema, mas o que vimos nos chamou muito a atenção.
Primeiro que o Brasil está bem representado. As maiores casas vinícolas, como Miolo e Salton, tinham seus stands próprios. Porém, os pequenos produtores dividiram ricos espaços para mostrar seus produtos.

Constatamos também que havia muitos produtores estrangeiros (Itália, Espanha, Argentina, França) que estavam buscando importadores para comercializar seus produtos aqui no Brasil. 

Ou seja, uma clara percepção de que o mercado nacional de vinho dá sinais de amadurecimento rápido e que o consumo está aumentando. Isso chama a atenção de quem tem algo a nos vender.

Além do Brasil, outros países tiveram grandes espaços comuns, entre eles Argentina, Chile, Espanha França e Itália. 

São produtores que querem, definitivamente, colocar suas boas marcas no mercado nacional. 

Praticamente todos os vinhos estavam ali para serem provados. Nós provamos um bom bocado deles.
Vai um vinho da África do Sul?
Dentre os vinhos que provamos, o que mais gostamos foi esse Bordeaux abaixo. Ele ainda não é vendido no Brasil, mas em pouco tempo será comercializado aqui, segundo seu importador, por um preço abaixo de 200 reais. 

Também gostamos da novidade da África do Sul: um vinho sem álcool. Parecia um refrigerante, mas no fundo com um gostinho de vinho. Não dá pra falar, tem que provar.
Vinho sem álcool. Surpreendeu.
A feira também tinha gente famosa. Aí abaixo está o apresentador Amaury Jr. fazendo uma de suas entrevistas. Em breve estará na telinha, com certeza.

O único vinho Ribera del Duero que encontramos foi o Pinna Fidelis, que conhecemos o ano passado em Valladolid. Não sabemos o que acontece que a Ribera não esteve representada. Vai ver a crise, ou o fato de que grande parte do vinho espanhol é consumida por lá mesmo...

Não somos especialistas em vinhos, mas o tema nos encanta. Sempre temos dedicado um tempinho com leituras e atividades relacionada à temática. Não basta trabalhar e estudar, né. Temos que saber aproveitar a vida. Tá aí uma atividade que gostamos muito de praticar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Palestra: México e Turismo

Postado por Alexandre Panosso Netto
Na semana passada, nas aulas de Fundamentos do Turismo I, no curso de Lazer e Turismo da EACH-USP, pudemos desfrutar da palestra "México e Turismo", proferida pelo investigador mexicano Adolfo Esteban Arias Castañeda.
Abertura da palestra com o acadêmicos do vespertino.
Esteban é aluno do doutorado em "Estudos Turísticos" da Universidad Autónoma del Estado de México, de Toluca, México (veja página do programa aqui). Sua linha de investigação está na área de produção do conhecimento turístico. Especificamente desenvolve sua tese sobre a epistemologia do turismo no México e parte da América Latina. Seu orientador é nosso colega e amigo Marcelino Castillo Nechar e faço o papel de co-orientador.
Esteban está desenvolvendo sua pesquisa com bolsa sanduíche aqui na EACH. Aproveitando sua estadia ele foi convidado para proferir a palestra acima referida.
Sua apresentação se baseou nos temas genéricos para contextualizar brevemente seu país e depois partiu para a apresentação dos programas de turismo que lá são desenvolvidos.
Outra visão da palestra.
Em uma hora e meia de atividade foram muitas as perguntas por parte dos alunos. Ficou evidente a importância de saber como outros países latinos têm desenvolvido sua política de turismo. Ao contrário do que muitos pensam, o México, apesar de receber mais de 20 milhões de turistas estrangeiros por ano, sofre muitas críticas sobre a maneira como desenvolve sua política de turismo. Uma das maiores críticas é o fato de que sua população não participa ativamente dos lucros auferidos pelo setor de turismo. Outra crítica maior é a grande dependência do mercado emissivo de turistas vindos dos EUA, além, é claro, do forte marketing feito com o turismo de sol e praia, em decadência em certos destinos mundiais.
Uma visão da palestra para a turma noturna.
Esteban fez sua apresentação para as turmas do primeiro ano vespertino e noturno, num total de 125 ouvintes. Julgo que foi um momento importante para a troca de experiência entre os acadêmicos.
Deixo minhas congratulações ao palestrante e aos acadêmicos de Lazer e Turismo que compreenderam o objetivo da proposta e buscaram tirar o máximo de proveito da atividade.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

10 importantes livros nacionais de turismo

Postado por Alexandre Panosso Netto

Já faz um tempinho que fiz uma postagem sobre 10 livros teóricos de turismo, publicados por estrangeiros, que são fundamentais, em meu entender, para estudiosos e estudantes de turismo  (acesse aquela postagem aqui: http://panosso.blogspot.com.br/2010/12/10-livros-fundamentais-sobre-turismo.html).
Naquela ocasião prometi fazer também a relação de 10 livros de autores brasileiros. Bom, aqui está ela.
Não se trata da relação dos 10 melhores livros de turismo publicados no Brasil, mas sim de uma relação de 10 livros de turismo de autores brasileiros que para mim foram importantes, e que creio que são ou foram fundamentais para muitos estudantes, professores, profissionais do setor e pesquisadores.
Creio que a lista que apresento abaixo poderia ser bem mais extensa e poderá gerar críticas. Sem problemas, a crítica é necessária. Livros publicadores recentemente não estão relacionados, e nenhum daqueles dos quais participei da publicação, como autor, organizador, autor de capítulo ou editor. 
Certamente o estudante de turismo de hoje terá outras referências para sua lista pessoal, pois há muito mais autores do que na década de 1990 e início dos anos 2000. Porém, muitos dos livros aqui destacados foram pioneiros no Brasil na abordarem de determinado tema, daí sua importância aumentada. 

A ordem em que estão relacionados é a do ano de publicação da primeira edição.


1. CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense, 1982.
Trata-se de obra específica sobre os temas teóricos iniciais do lazer, mas que também estabelece a sua interface com o turismo.  Camargo segue a linha teórica de Joffre Dumazedier, um dos pioneiros nos estudos turísticos mundiais.
2. BACAL, Sarah. Lazer: Teoria e pesquisa. São Paulo: Edições Loyola, 1988.
Estabelece lúcida discussão sobre a utilização do tempo por parte dos trabalhadores da cidade de São Paulo, enriquecida com capítulos teóricos sobre o tema. Foi atualizado e publicado com o título “Lazer e o universo dos possíveis”, pela Editora Aleph, em 2003.
Atualização da obra de 1988 da profa. Sarah Bacal publicada pela Editora Aleph em 2003.
3. REJOWSKI, Mirian. Turismo e pesquisa científica. Campinas: Papirus, 1996.
Fruto de tese de doutorado defendida na USP  em 1993, este livro foi uma das primeiras reflexões sérias sobre a produção do conhecimento em turismo no Brasil. Fez também uma grande levantamento da produção à época. Não consegui encontrá-lo no site da editora. Penso que está esgotado.
4. RUSCHMMANN, Doris. Turismo e planejamento sustentável. A proteção do meio ambiente. Campinas: Papirus, 1997. 
Trata-se de outro sucesso editorial de turismo da Editora Papirus. Apresenta uma proposta de planejamento turístico seriamente comprometida com as práticas sustentáveis e responsáveis. Ao final oferece um modelo para elaboração de um plano de turismo. Grande referência na área. O site da editora informa que está na 16ª edição.
5. PELLEGRINI FILHO, Américo. Ecologia, cultura e turismo. Campinas: São Paulo, 1997.
Apresenta a discussão sobre a relação entre patrimônio natural, patrimônio cultural e turismo. Foi importante para mim este livro pois deixa bem clara a relação do turismo com esses temas, além de mostrar toda a problemática originada pela prática do turismo em áreas de patrimônios variados.
6. BENI, Mario Carlos. Análise estrutural do turismo. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 1997.
Trata-se de um dos livros mais emblemáticos de turismo já publicados no Brasil. Foi o primeiro que li que teve a capacidade de reunir num mesmo texto uma visão holística do turismo com fundamento na Teoria Geral de Sistemas. Sem dúvida muitos irão concordar comigo que foi um livro que marcou época, apesar de sua linguagem rebuscada, que deixava o leitor menos desavisado um pouco assustado no início da leitura. Segundo o site da editora está na 13ª edição. Posteriormente tive a oportunidade de ser orientando de doutorado do prof. Beni na USP.
7. TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. A sociedade pós-industrial e o profissional em turismo. Campinas: Papirus, 1998.
Foi um livro que me marcou positivamente, pois fazia uma discussão atual sobre o turismo, utilizando os conceitos da pós modernidade. O autor, com seu espírito crítico e filosófico, apresenta a necessidade da correta formação humana para o setor de serviços, no qual o turismo está inserido. Muitos ensinamentos sobre o caminho a seguir pelo profissional e estudioso do turismo ali apresentados são muito válidos mesmo quase 15 anos depois de sua primeira publicação.

8. DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, 1998.
Conheci este livro no último ano de minha graduação em turismo e foi (e continua sendo) muito útil. Depois utilizei com meus alunos de turismo em Rondonópolis, Mato Grosso. Trata-se de uma obra que discute com seriedade e profundidade os temas da investigação em turismo. Destaca-se por sua linguagem clara, profunda e com vastas referências bibliográficas.
9. VAZ, Gil Nuno.Marketing turístico. Receptivo e emissivo. São Paulo: Pioneira, 1999.
Apresenta uma discussão teórica sobre o marketing turístico e ao final apresenta propostas de elaboração de projetos de marketing turístico. Foi importante pois contextualizava parte do mercado turístico. Parece-me que está esgotado.


10. BISSOLI, Maria Angela Marques Ambrizi.  Planejamento turístico municipal com suporte em sistemas de informação. São Paulo: Futura, 1999.
Este livro levou a discussão do planejamento para o lugar aonde de fato o turismo ocorre: o município. Deu elevado destaque às formas e métodos de planejamento, bem como aos sistemas de informação necessários para a organização e distribuição das informações turísticas.

sábado, 10 de março de 2012

Curso de Lazer e Turismo - EACH/USP

Postado por Alexandre Panosso Netto
EACH-USP, vista aérea. Foto de http://www.usp.br/imprensa/?p=9604
Desde que foi criada a Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP, ou USP Leste, como ficou conhecida), em 2005, existe o curso de Lazer e Turismo - carinhosamente chamado de LZT - por lá.
Um dos pátios internos do bloco do Ciclo Básico.
Trata-se de um curso com 60 vagas vespertinas e 60 noturnas e com uma equipe de 24 professores doutores formados nas mais diversas áreas acadêmicas (veja a página do curso aqui).
Na semana passada iniciaram-se as aulas, e foi o período de recepção aos calouros, portanto, aulas pra valer, nos primeiros semestres foram iniciadas esta semana.
Turma de Fundamentos do Turismo I - Vespertino. Foto feita ontem à tarde.
Turma de Fundamentos do Turismo I - Noturno. Foto de ontem à noite.
Desde que iniciei no curso há seis anos, me coube a disciplina Fundamentos do Turismo I, que tem como objetivo "possibilitar aos alunos um contato introdutório com a complexidade do turismo a partir de sua conceituação teórica e prática em campos diversos do conhecimento científico. Visa familiarizar o novo discente com a multiplicidade e interdisciplinariedade da atividade turística de maneira a fundamentar o entendimento da matéria, preparando-o para as demais fases do curso de graduação."
Trata-se de uma disciplina introdutória aos temas do turismo.
Há outra disciplina no primeiro ano intitulada "Fundamentos do Lazer", sob responsabilidade do grande professor e colega Ricardo Ricci Uvinha, que apresenta os tema fundamentais do lazer.
Neste primeiro semestre ainda temos a disciplina "Reflexões sobre o lazer e o turismo", sob o comando do professor Reinaldo Pacheco (nosso vice-coordenador) e a disciplina "História da cultura, do lazer e do turismo", essa sob a responsabilidade do competentíssimo coordenador de curso professor Luiz Gonzaga Godoi Trigo.
Essas quatro disciplinas em destaque são as específicas de lazer e turismo. A grade completa do curso por ser consultada aqui.

Trabalhar com essa rapaziada é como estar na fonte da juventude. Os alunos são antenados, dispostos a participarem de pesquisas, de atividades de campo e das aulas. Poucos são os alunos faltantes e em sua grande maioria, ao menos em minhas aulas, todos vêm preparados com as leituras sugeridas. Sem exagero.
A equipe de professores é outro tema à parte. Um grupo de gente com espírito jovem que gosta de investigação, gosta da docência e sempre procura estar atenta com as novidades teóricas e práticas do lazer e turismo. Tá, eu sei, nem sempre tudo é tão maravilhoso, mas garanto que é muito divertido e prazeroso fazer parte desta equipe.
Em minha primeira aula do ano já deixei claro aos jovens estudantes a necessidade de pegarmos firmes na leitura de textos reflexivos sobre o turismo. De imediato gostei do feedback. Vamos ver como se desenrolam as práticas.

Se você quer conhecer mais de nosso curso de LZT (ou de qualquer outro) e da EACH/USP, acesse os sites indicados ou venha nos visitar. A universidade está aberta.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cena da vida turística nacional

Postado por Alexandre Panosso Netto

Tenho visto em eventos de turismo no Brasil alguns estudantes de turismo reclamarem que ninguém lhes dá emprego ou que são desvalorizados no mercado de trabalho etc. e tal. Tento argumentar que há sim alguns problemas neste quesito, porém somos nós também que fazemos nossas próprias oportunidades.
A próxima vez que surgir esse tema, vou ler para tais estudantes a passagem do livro "Cenários do turismo brasileiro" (Luiz Gonzaga Godoi Trigo e Alexandre Panosso Netto. São Paulo: Editora Aleph, 2009, p. 149-150). Acho que ela representa bem o que muitas vezes ocorre. 
A passagem é ficção, mas poderia bem ser verdade.

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"O município tinha certo grau de atratividade, mas durante muito tempo os prefeitos, vereadores e o trade turístico estiveram mais preocupados em saber quem ia lucrar com os desvios dos investimentos governamentais no turismo do que com o planejamento da atividade. Mas com esse novo prefeito a coisa seria diferente. Jovem estudado, contratou de imediato uma consultoria da capital para desenvolver o plano de turismo do município. “Agora a coisa anda”, todos falavam. O dono da consultoria havia se formado em uma faculdade que, por falta de alunos, acabou fechando o curso. Conheceu o prefeito em um congresso de estudantes, alguns anos atrás. O consultor nem imaginava que um dia teria esse tipo de serviço, pois quando estudou na faculdade nada em turismo lhe agradava. Até a sua monografia ele comprou em um desses sites da internet que vendem trabalhos acadêmicos. Mas agora era formado e tinha diploma, além do mais era um profissional e tinha uma empresa. Bem, verdade é que esse seria o seu segundo trabalho na consultoria. O primeiro havia sido o treinamento de cinco recepcionistas para um hotel familiar. A ideia do plano de turismo foi lançada com festa no Salão Paroquial da cidade. Era para estar pronto em oito meses e com prazo de execução de três anos e meio. Os trabalhos não foram desenvolvidos conforme o estipulado no contrato e os pagamentos à consultoria foram suspensos até que um novo cronograma fosse aprovado. Era impossível ao jovem consultor atender os prazos, pois para fazer o inventário, metas, diretrizes etc., tinha antes de ir à biblioteca ou procurar na internet informações de como tais ações seriam desenvolvidas. E agora, sem os pagamentos da prefeitura, tudo fica inviabilizado. Lembrou-se dos tempos de estudante e de quanto tempo perdeu em conversas de corredor ou no bar em frente à faculdade enquanto os demais colegas assistiam às aulas. Lembrou-se também de um professor que dizia sempre que tinham de ser críticos do turismo e no turismo, mas ele não era muito apegado a leituras e não gostava desse papo. Recentemente o Tribunal de Contas reprovou as contas de dois anos do município. Um dos projetos foi pago em parte, mas não foi executado. Alguém vai ter de explicar o caso." (Panosso Netto, Trigo, 2009, p. 149-150).
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