quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rios (?) de São Paulo - capital

Postado por Alexandre Panosso Netto

"Vem chegando o verão. Um calor no coração."
A letra acima, da bonita música de Marina Lima e Antônio Cícero, traduz a mais pura verdade para alguns moradores de cidades brasileiras que quando assoladas por fortes chuvas ficam, literalmente, de baixo d´água ou ilhadas. E pensar nas chuvas de verão, sob esta perspectiva, dá mesmo um calor no coração... ou seria frio?
Mas também, somos nós TODOS que causamos esse problema com a falta de educação ambiental, péssimo uso do solo urbano, grandes urbanizações por cima dos rios e áreas alagadiças, e tudo mais...
Nesses dias me deu uma curiosidade e me pus a fotografar os rios (?) por caminhos que freqüento na cidade de São Paulo. Coloco entre parênteses o ponto de interrogação pois não sei se fotografei rios, ou grandes canais de esgoto a céu aberto.
O resultado segue abaixo.

Bairro Morumbi, pertinho da avenida Francisco Morato. O verde é bonito, mas a cor da água...

Indo para a EACH-USP, na av. Entre Rios e bem perto da Av. São Miguel. Em grandes chuvas, a água alcança a altura da pequena ponte. E veja só que margem "limpinha".

O mesmo rio (?) da foto acima, sem profundidade, sem peixes, sem vida, mas com lixo.

Esta pequena nascente está próxima do Parque Ecológico Tietê. Bem em frente do novo centro de treinamento do Corinthians, e vai crescendo...  

... até virar esse filete de esgo... água acima e...

... desemboca nesse poço...
...formando um filete maior de água...

 ...que forma o córrego abaixo. Aliás, esse é o córrego que passa dentro do campus da EACH-USP. Fiz essa foto logo na entrada, no portão principal. Parece bonito, com bastante verde, mas confesso: é poluído e cheira mal. Logo ali na frente, em menos de 1km, está o Tietê.

Acima um grande canal. Esse desemboca no córrego Aricanduva, que por sua vez vai direto para o Tietê. 

Essa região do canal acima sofria com alagamentos (perto da estação Penha do Metrô), mas depois que inventaram o piscinão Rincão, com o bonito nome de Parque Linear, os alagamentos cessaram. Isso já há mais de 20 anos.

Parque Linear Rincão - Vulgo Piscinão Rincão.

Os piscinões funcionam, resumidamente, assim: são construídos próximos aos rios em áreas de alagamentos. São interligados aos rios, que quando sobem muito, despejam o excesso de água, por um ladrão, dentro dos grandes reservatórios. A água fica ali represada evitando alagamentos mais abaixo. Quando o nível do rio baixa, a água retorna ao rio com a abertura de comportas ou é levada por bombas. Simples assim.

Aqui a Marginal Pinheiros, com seu rio. A imagem dos grandes edifícios refletida nas águas negras oculta a triste realidade do falecido rio.

E, para terminar, o Tietê. A foto fiz ali mesmo na marginal. Encostei, abri o vidro, e click!

Ps.: desculpe-me. Não encontrei nenhum rio com águas limpas para fotografar aqui na capital. Deve haver. Se alguém quiser me indicar um, agradeço. Se enviar fotos, posso postar também.

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